sexta-feira, 30 de março de 2012

A páscoa Cristãos comemoram ressurreição, e judeus a liberdade



A páscoa Cristãos comemoram ressurreição, e judeus a liberdade




Páscoa é uma festa móvel do calendário religioso cristão Para definir a data em que ela cai a cada ano, utiliza-se um sistema de cálculo criado pela Igreja católica. Como regra básica, a Páscoa tem de cair no primeiro domingo após a lua cheia que seguir ao equinócio de primavera nohemisfério norte - geralmente, a 21 de março.

No entanto, a Igreja católica se baseava em projeções sobre os ciclos lunares feitas no início da Idade Média e que já não coincidiam com os movimentos reais do satélite da Terra. Assim aPáscoa depende da chamada "lua cheia eclesiástica".

Durante muitos séculos, os fiéis e os próprios representantes da Igreja católica encontraram muitas dificuldades para entender e explicar a fixação do calendário da Páscoa porque havia uma discrepância muito grande entre as datas.

Somente com a entrada em vigor do atual calendário, o gregoriano, criado pelo papa Gregório 13 (1502-1585), no século 16, é que o domingo de Páscoa passou a cair obrigatoriamente entre 22 de março e 25 de abril.
Páscoa judaica Convém lembrar que o cristianismo se origina no interior do judaísmo e que esta religião também tem a sua Páscoa. Na verdade, é do hebraico "Pessach" que se origina o termo português "páscoa", o espanhol "pascua", o italiano "pasqua" e o francês "pâques".

Mas a Páscoa dos judeus tem um significado diferente da dos cristãos. Ela foi instituída na época de Moisés e comemora a libertação do povo de Israel, que fora escravizado pelos egípcios. Não é difícil visualizar a palavra "pessach" a palavra "passagem", que dela deriva ao longo de muitos séculos. E, nesse sentido, a Páscoa judaica e cristã celebram passagens, respectivamente, do cativeiro à liberdade e da morte à vida.








Postado por Fernando Wiirz
Fonte:

Como você comemora a Páscoa?

Como você comemora a Páscoa?




Como você e sua família celebram a Páscoa? Com jantares, indo às missas, participando de brincadeiras? Queremos saber como é festejada esta data Todos podem participar enviando fotos e vídeos de suas comemorações em anos anteriores ou dos preparativos para a festa deste ano.
Vamos Participar!
Email para envio das fotos: pastoraldacatequese_bdo@hotmail.com

terça-feira, 27 de março de 2012

Desenhos Tema: Páscoa

Vamos Colorir?
Tema: Páscoa






Teatro: Queremos uma Páscoa SEM COELHOS

Queremos uma Páscoa SEM COELHOS



Este é um texto fácil para apresentar as crianças qual é a verdade sobre a Páscoa. CENÁRIO: Faça um ambiente que lembre um jardim PERSONANGENS: uma menina (Beth) e mais uma criança ou adulto para ser o coelho. O coelho entra em cena cantando a música:

"De olhos vermelhos, de pelo branquinho de pulo bem leve, eu sou o coelhinho sou muito assustado, porém sou guloso por uma cenoura ... já fico manhoso!
Eu pulo pra frente, eu pulo pra trás, dou mil cambalhotas, sou forte de demais, comi uma cenoura, com casca e tudo, tão grande ele era ... fiquei barrigudo!"

- Olá coelhinho, por que você está tão contente?

- Porque hoje é o meu dia.

- Parabéns, não sabia que hoje é o seu aniversário!

- Quem foi que lhe disse que hoje é o meu aniversário?

- Você mesmo acabou de me dizer, que hoje é o seu dia.

- Mas eu não disse que é meu aniversário. Nem sei quando foi que eu nasci!

- Então como é que está tão contente, dizendo que hoje é o seu dia?

- Como você é bobinha! Então não sabe, que hoje é o dia da Páscoa?

- Claro que sei que hoje é o dia da Páscoa. Mas não é o seu dia!

- É sim, e todo mundo sabe disso, até as criancinhas, só você é que não sabe.

- Eu tenho muita pena dessas pessoas e de você também.

- Por que?

- Porque estão sendo enganadas!

- Enganado? Eu? Não admito que ninguém me engane.

- Adminitindo ou não, você e muita gente, está sendo enganada com respeito à Páscoa.

- Agora você vai me explicar essa história, e porque eu estou sendo enganado.

- Bem, eu não sei quem começou com toda essa história de que Páscoa, as pessoas tinham que trocar presentes, ganhar ovos de chocolate, e que o coelho é a figura mais importante da Páscoa.

- Eu também não sei, seja lá como foi, teve muito bom gosto. De todos os animais, eu sou o mais esperto, mais bontio e mais charmoso!

- Não seja tão convencido, coelhinho! Eu concordo que você é muito bonitinho, mas nem por isso as pessoas têm o direito de trocar você pela pessoa que realmente é importante na Páscoa!

- Quem é essa pessoa? Nunca ouvi falar dela!

- É claro que não ouviu! Satanás não quer que as pessoas saibam o verdadeiro significado da Páscoa!

- E quem é este Satanaldo?

- Não é Satanaldo, o nome dele é Satanás, o grande inimigo de DEUS. Ele fica contente quando as pessoas acreditam em mentiras.

- Por que?

- Proque ele, Satanás, é o pai da mentira.

- Olha aqui, Beth, você está me enrolando e até agora não me contou a história que você diz ser verdadeira. Eu já tô curioso!

- Está bém, vou lhe contar: Há muito tempo atrás, Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao mundo. Ele nasceu em Belém e o seu berço foi um manjedoura.

- Manjedoura? O que é isso?

- Manjedoura é uma caixa de madeira, onde se coloca capim para os animais comerem.

- E porque Ele dormiu nesse lugar tão feio!

- Porque nos hóteis não havia lugar para eles dormirem, então eles tiveram que dormir numa estrebaria, que era a casa dos animais.

- Puxa! Você tem certeza que isso é verdade?

(FALAR ALTO) - É claro que tenho. Isto está escrito na Bíblia, e a Bíblia é a Palavra de Deus, e Deus não mente!

- Tá bem, mas não precisa gritar, eu só tava perguntando. Continue.

- Bem, este nenê, Jesus Cristo, cresceu, tronou-se homem e um dia Ele morreu na cruz...

(INTEROMPER) - Morreu na curz? O que foi que Ele fez?

- Ele não fez nada de mal, Ele veio ao mundo para salvar as pessoas do inferno. Porque o salário do pecado é a morte. E todos pecaram e separados estão da Glória de Deus.

- Então porque ele teve que morrer?

- Para que se cumprisse o plano de Deus. Porque se o salário do pecado é a morte, nós teríamos de morrer, isto é, irmos para o inferno, pois todos nós somos pecadores. Mas, Jesus Cristo, o Filho de Deus, que não tinha pecado, tomou o nosso lugar e morreu na cruz para pagar os nossos pecados, pra que pudéssemos ir par o céu.

- Puxa! Eu nunca ouvi falar de Jesus.

- Você não é o único! Satanás não quer que as pessoas conheçam a verdade sobre Jesus Cristo.

- Por que?

- Porque se elas souberem que Jesus morreu em seu lugar, para que elas fossem salvas do inferno e elas aceitarem a Jesus como Salvador, quando morrem elas vão morar com Jesus no céu.

- Mas você não disse que Jesus morreu? Como é que Ele está no céu?

- Oh! Desculpe-me, eu esqueci de dizer que Jesus morreu, mas ao terceiro dia Ele ressucitou, quer dizer, vive novamente e foi para o céu preparar um lugar para as pessoas que o aceitarem como Salvador. Sabe, coelhinho, quando eu morrer vou morar com Jesus no céu.

- Eu também posso ir?

- Claro que não! Os animais não tem alma, eles não vão, nem para o céu e nem para o inferno.

- Mas, o que é que tudo isso tem a ver comigo e a Páscoa?

- Contei toda essa história, para que você saiba que na Páscoa comemoramos a morte e ressurreição de Jesus Cristo. E faremos isto até que Ele venha nos buscar.

- Ele vai voltar?

- Sim, Ele voltará para buscar os seus, aqueles que o aceitarem como Salvador. Agora você já sabe quem é a pessoa mais importante na Páscoa, não é?

- Sim, agora eu sei e estou envergonhado de ter tomado o lugar Dele na Páscoa. Ele deve estar zangado comigo.

- Com você, não! Ele fica triste é com as pessoas que se esquecem Dele e só dão importância a presentes, ovos de chocolate e a coelhinhos, esquecendo-se do verdadeiro significado da Páscoa.

- Sabe Beth, eu tive uma idéia! Vou sair por aí e vou contar pra todo mundo a verdadeira história da Páscoa. Vou contar que presentes, ovos e coelhos, nada têm a ver com a Páscoa. Que isso é mentira de Satanás, para enganar as pessoas e até as criancinhas.

- A sua idéia é ótima, mas, ninguém vai acreditar em você, porque coelhos não falam e você é apenas um coelho de fantoche (ou pessoa fantasiada)!

- É mesmo! Eu não havia pensado nisto, mas eu tenho outra idéia! Todas essas crianças que estão ouvido a nossa conversa, podem contar para os seus pais, irmaos, professores e amiguinhos, a verdadeira história da Páscoa.

- Agora você acertou! É isto mesmo que Jesus quer que façamos. Pois Ele diz em sua Palavra "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Agora eu tenho que ir embora, já está tarde. Tchu coelhinho...

- Tchau Beth, obrigado por me contar a verdadeira história da Páscoa.

(autor desconhecido )

Introdução Geral à Bíblia



BÍBLIA – PRIMEIRA FONTE DE VIDA E LIVRO POR EXCELÊNCIA DA CATEQUESE


1. A Bíblia já foi escrita com capítulos numerados, como temos hoje?
   
    Não. Nenhum livro da Bíblia foi escrito com capítulos numerados. Quem teve a idéia de dividir a Bíblia em capítulos foi Estevão Langton, arcebispo de Cantuária, professor na Universidade de Paris, em 1214 d.C.
2. Quem fez a divisão em versículos?
     Em 1551 Robert Etiene, redator e editor em Paris, fez a experiência dividindo o NT de língua grega em versículos.
    Teodoro de Beza gostou da idéia e em 1565 dividiu toda a Bíblia em versículos.
3. Por que eles dividiram assim os livros da Bíblia?
     Eles fizeram isso por dois motivos: facilitar as citações dos textos bíblicos e encontrar rapidamente os textos citados.
4. Como a gente encontra na Bíblia os capítulos e os versículos?
     Na citação, capítulo é o número que vem antes da vírgula, e versículo é o número que vem depois da vírgula indicando onde começa e onde termina. Exemplo: Gn 11,1-9, isto significa que você deve procurar o livro do Gênesis capítulo 11, versículos de 1 a 9. Na Bíblia, o capítulo é escrito em algarismo grande e o versículo em algarismo pequeno. Repare, também, a abreviatura do livro do Gênesis (Gn). Você deve aprender de memória as abreviaturas. Veja a lista no início de sua Bíblia.
5. Quem traduziu pela primeira vez toda a Bíblia e quando ela foi impressa assim como a temos hoje?
     A primeira tradução, e a mais famosa, da Bíblia para o latim é a de são Jerônimo, conhecida como Vulgata (do latim = a divulgada). Isto aconteceu por volta do ano 400 d.C., a pedido do Papa Dâmaso. Na verdade, a primeira tradução da Bíblia foi a tradução da Bíblia hebraica (dos judeus) para o grego, conhecida como tradução dos LXX (70), muito usada na época de Jesus e das comunidades. 6. E antes de surgir a imprensa, como a Bíblia se apresentava?
    De diversas formas: em pedaços de papel vegetal; em rolos de pergaminhos (couro de animal); em papiro (espécie de papel vegetal) e em “folhas”.
7. A Bíblia de edição protestante é diferente das Bíblias de edições católicas?
    O Novo Testamento é igual para todos.
    O Antigo Testamento na Bíblia de edição católica tem sete livros a mais: Estes livros são: Tobias; Judite; 1º e 2º Livro dos Macabeus; Sabedoria; Eclesiástico; Baruc, que são da tradução grega.
       A divisão da Bíblia
     A Bíblia está dividida em duas grandes partes:
    * o Antigo Testamento, que se abrevia AT, contém os livros que narram a história do Povo da Bíblia e foram escritos antes de Cristo (a.C.). Correspondem à primeira etapa, ou seja, Primeira Aliança.
    * O Novo Testamento, que se abrevia NT, contém os livros que narram a vida de Jesus e das primeiras comunidades cristãs. Contam a história do novo Povo de Deus e foram escritos depois de Cristo (d.C.). Correspondem à segunda etapa, ou seja, Nova Aliança.
        Uma biblioteca diferente        
     A palavra Bíblia vem da língua grega e indica o conjunto de muitos livros. De fato, a Bíblia é uma biblioteca de 73 livros de épocas, autores e estilos diferentes.

O Antigo Testamento contém 46 livros;
O Novo Testamento contém 27 livros;
    
     Total 73 livros.
     Abra a sua Bíblia no índice e vamos conhecer o nome de todos os livros e de cada estante.
    
     Antigo Testamento
    
    O Pentateuco — Os primeiros cinco livros do AT são chamados Pentateuco. É uma palavra da língua grega que significa cinco livros. Eles contêm a Lei da Primeira Aliança. Eles são chamados também de TORA (= Lei). São eles:
     * Gênesis (abreviado Gn) = origens. O povo faz suas reflexões sobre perguntas existenciais, como: Quem somos? Por que estamos neste mundo? Por que existe maldade? Onde está Deus? E reflete também sobre as origens de sua história como Povo de Deus a partir da consciência que eles têm do Deus que é fiel e caminha com eles.
* Êxodo (Ex) = saída. Reflete sobre a saída do povo hebreu do Egito sob a liderança de Moisés, Aarão e Miriam.
   * Levítico (Lv) levita. Traz reflexões e leis referentes ao culto, aos servidores do culto (os levitas) e às obrigações dos sacerdotes do Povo da Bíblia.
   * Números (Nm) = lista. Este livro começa contando o número dos habitantes de Israel. Faz um recenseamento.
   * Deuteronômio (Dt) = segunda lei. Traz as reflexões sobre a releitura da lei e sua nova proclamação. Faz um convite a uma vida de conversão e penitência.
Livros históricos — São 16 os livros históricos e narram a história da formação do Povo da Bíblia com a vida, nome, lutas e a fé de seus heróis e do próprio povo.
    Em nossa Bíblia, continuamos a examinar as diferentes estantes e a guardar na memória os nomes dos livros.
    Livros sapienciais — São sete os livros sapienciais ou de sabedoria. Nesses livros encontramos reflexões e expressões de sabedoria, poesias, cantos, orações, hinos, provérbios nos quais o povo registra seus sentimentos e expressa sua sabedoria tirada da experiência da vida.
    Livros proféticos — São 16 os livros proféticos. Estes livros trazem a mensagem, a ação e alguns dados sobre a vida dos profetas. Entre eles estão outros três livros: o livro das Lamentações, o livro de Baruc que têm uma marca profética, e Daniel, de cunho apocalíptico.
         Novo Testamento
    Também os livros do NT nascem nas comunidades. Os apóstolos e discípulos não tinham gravador, filmadora etc. para gravar as palavras e os gestos de Jesus. E ele não deixou nada escrito. Os Apóstolos foram transmitindo através da palavra, cartas e bilhetes o que Jesus fez e ensinou. E davam conselhos de como continuar a missão. Mais tarde as comunidades começaram aqui e acolá a escrever esta pregação que começou a se chamar de Evangelho. Não podemos nos esquecer que Paulo foi o primeiro a escrever.
    Os evangelhos — São quatro os evangelhos: Mateus (Mt), Marcos (Mc), Lucas (Lc) e João (Jo). Evangelho é uma palavra da língua grega e significa BOA NOVA, BOA NOTICIA. Os evangelhos, portanto, trazem aquilo que as diferentes comunidades guardaram e refletiram sobre Jesus — Boa Nova do Pai e Boa Notícia da Salvação —, sua pessoa, seus ensinamentos e suas atitudes. Assim temos quatro narrativas diferentes.
Mateus, Marcos e Lucas são também chamados de evangelhos sinóticos porque colocados em colunas paralelas se pode perceber muita semelhança entre eles (ver Mc 3,1-4; Mt 12,9-14; Lc 14,1-6). Já o estilo do evangelho de João é diferente.
Atos dos Apóstolos (abreviado At) — Este livro narra sobretudo a reflexão de Lucas sobre os atos dos Apóstolos, mas especialmente de Pedro e de Paulo. Descreve, também, um pouco da organização e das dificuldades de algumas das primeiras comunidades cristãs e reflete sobre isso com o olhar de Deus. E assim que nos Atos está muito presente a ação do Espírito Santo. Ele é a força e a alegria profunda dos Apóstolos e das comunidades. Cartas de Paulo — Hoje os estudiosos atribuem, com certeza, apenas sete cartas a Paulo: Romanos, 1º e 2º Coríntios, Gálatas, Filipenses, 1 Tessalonicenses e Filemon. As cartas aos Efésios, Colossenses e a 2 Tessalonicenses pertencem a discípulos de Paulo. Nessas cartas encontramos um pouco da vida do apóstolo, sua pregações na organização das comunidades. As cartas de Paulo pregação, seu trabalho, sua missão, problemas e orienta- são mais antigas que os evangelhos. O primeiro escrito do Novo Testamento é a primeira carta aos Tessalonicenses. Paulo morreu entre os anos 64 e 68 d.C., antes que fosse escrito o primeiro evangelho, o de Marcos.
As cartas chamadas pastorais — por se dirigirem aos líderes, ou seja, “pastores” das comunidades — são a primeira e a segunda a Timóteo e a carta a Tito.
As cartas chamadas católicas — porque não se dirigem nem a uma comunidade e sim a um líder, mas a todas as igrejas cristãs (católico significa universal) — são a carta de Tiago, a de Judas, as duas cartas de Pedro, e as cartas de João. A “carta” aos hebreus é de autor desconhecido. Essa carta faz uma reflexão teológica sobre Jesus Cristo, o grande sacerdote, mediador entre Deus e o povo. Tem o estilo de uma pregação e não de uma carta.
O Apocalipse (abreviado Ap) — É um livro que reflete sobre a presença de Jesus na história e na vida das comunidades em tempo de perseguição. Jesus é o Senhor, o Dono da história. A palavra apocalipse é da língua grega e significa tirar o véu, revelação. É a revelação de Jesus e das comunidades que esperam na vitória de Deus. O Apocalipse é o último livro da Bíblia.
O chão onde nasceu a Bíblia
    A Bíblia nasceu no meio de um povo do Oriente Médio que morava perto do Mar Mediterrâneo. No tempo de Abraão se chamava terra de Canaã, por causa dos cananeus que já moravam naquela terra. No tempo da formação do povo se chamou terra de Israel. Bem mais tarde toda essa região recebeu o nome de Palestina.
    A Palestina era um famoso corredor de passagem para quem vinha do Oriente para o Ocidente, e ligava a Ásia com a África e a Europa. Foi para ali que Deus guiou o seu povo. Um povo que como tantos outros sofreu a influência de seus vizinhos. Do lado do Oriente: Assíria, Babilônia e Pérsia. Do lado do Ocidente: Egito, Grécia e. Roma. Hoje a Palestina ocupa, no planeta Terra, uma área de aproximadamente 25 mil km2.
Que língua usavam?
    À medida que foi se organizando, esse povo criou sua própria literatura na qual relata suas reflexões, costumes, lutas; fé e orações; erros e acertos. O Povo da Bíblia escreveu sua história em língua hebraica, aramaica e grega. Toda a sua literatura é inspirada na fé em Deus-Javé — presença libertadora — que lhes garante: “estarei sempre convosco” (ver Ex 3,12). Escreveram sua história para mostrar às gerações futuras o quanto Deus está presente no meio do povo e como ele vai manifestando quem ele é. Por isso a Bíblia mostra as relações de amor entre Deus e o seu povo (ver Dt 6,4-9).
Quem foram os pais e as mães?
   
    Por volta do ano 2000 a.C. acontece uma grande migração da Mesopotâmia em direção ao Egito. Entre esses empobrecidos estão Abraão e Sara. Com Abraão e Sara se inicia a história do Povo da Bíblia. Abraão sai da Mesopotâmia em busca de uma nova terra (ver mapa 2). Guiado pela fé e pela esperança sai com sua famflia e vai até o Egito e retorna para morar na terra de Canaã. Isto acontece por volta do ano 1850 a.C. (ver Gn 12).
    Em Canaã nascem os filhos e os netos. A família vai se multiplicando, vai se unindo a outros grupos de empobrecidos. Vão formando clãs e tribos (ver Gn 25).
     Abraão, Isaac e Jacó são chamados de PATRIARCAS. Sara, Rebeca, Lia e Raquel são chamadas de MATRIARCAS. São os fundadores do Povo da Bíblia (ver Gn 29). Jacó é também chamado ISRAEL (ver Gn 32,23-33).
400 anos de escravidão
    Sempre em busca de melhores condições de vida, muita gente muda para o Egito. Entre eles estão os descendentes dos Patriarcas e das Matriarcas como Jacó e sua família. No Egito são chamados de hebreus — (ver Gn 42). Com o passar do tempo vão se multiplicando e povoando o Egito. Os reis do Egito, chamados faraós, temendo que eles tomem conta do país, começam a escravizar os hebreus (ver Ex 1 e 2). Esta escravidão no Egito dura uns 400 anos.
De volta à terrinha da gente
    Nasce entre eles a consciência da escravidão e começam a se organizar. E todo povo que se organiza para uma conquista tem um líder. Assim, surge entre eles Moisés, Aarão e Minam, que chefiam o movimento de libertação. Com a ajuda de Deus, estes líderes encontram uma saída e fazem o povo fugir da opressão dos reis do Egito (ver Ex 3). Sob a liderança deles, o povo caminha 40 anos pelo deserto. Moisés morre antes de o povo entrar na terra prometida. A liderança passa para Josué que introduz o povo na terra de Canaã (ver Js 1 a 3). Este grupo de Moisés, ao longo da caminhada, se encontra com outros grupos, que também fizeram uma experiência semelhante: o grupo das montanhas, o grupo dos pastores, o grupo do Sinai (e provavelmente outros, como o grupo de Davi, mais tarde).
Josué organiza com eles a Assembléia de Siquém e todos decidem colocar em comum a experiência da opressão, a produção, as tradições e a fé num único Deus (ver Js 24). Mais tarde, essa experiência de libertação será celebrada com o nome de Páscoa (saída, passagem). Depois da morte de Josué, o povo, organizado em 12 tribos, é liderado pelos Juízes, mulheres e homens, chefes sábios e corajosos, que defendem o povo dentro de um sistema fraterno e igualitário: o Sistema Tribal. O último dos juízes é Samuel.

domingo, 25 de março de 2012

Tudo posso, mas nem tudo me convém (Gisela Savioli)

Tudo posso, mas nem tudo me convém


Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. É interessante vermos como nosso corpo se conserta de maneira extraordinária. Quem estuda a ciência do metabolismo e não acredita em Deus é tolo, porque não acreditar n'Ele é não render graças à perfeição do corpo humano.

Cada vez que você respira, é Deus lhe dizendo: “Eu amo você”, porque é muita coisa para dar errado, mas acaba dando certo.

Nós não nascemos sabendo e, muitas vezes, somos filhos de uma geração errada. Deus nos fez únicos, e, por isso, o que é bom para mim, pode ser veneno para o outro. Você precisa aprender a conhecer a sua individualidade bioquímica.

Somos nós mulheres que determinamos o que a nossa família vai comer. Quem faz as compras? Quem vai ao supermercado? Quem determina a alimentação do marido e dos filhos? Você mulher, quando está gestante, já está definindo a saúde do seu filho por meio de sua alimentação.

Hoje, vemos que, infelizmente, a obesidade é uma realidade e, cada vez mais, é difícil emagrecer, porque, depois dos 30 anos, nosso corpo fica mais lento. Outro fator que vivemos na sociedade atual, na qual tudo é automático, é o sedentarismo, porque nós já não temos mais o hábito de andar.

Ultimamente, tem sido protocolo de pediatra pedir exame de colesterol para saber se a criança já não tem, aos 8 e 9 anos, problemas com obesidade.

No meu livro “Tudo posso, mas nem tudo me convém”, explico as razões da obesidade e como se livrar dela.

Deus colocou, no Gênesis, as razões para seguirmos uma alimentação adequada. O Senhor disse: "Produza a terra plantas, ervas que contenham semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie e o fruto contenha a sua semente. E assim foi feito” (Gênesis 1,11).

É com a ajuda das frutas, verduras e legumes que vamos conseguir antioxidantes para ajudar o nosso corpo. Nosso organismo sempre vai nos pedir aquilo que Deus fez para nós. Basta olhar como Ele fez as coisas.
As frutas precisam ser comidas, mastigadas. Se o correto fosse consumir as frutas por meio de sucos, Deus já no-las mandaria líquidas, nas árvores, como fez com o coco. A mastigação é muito importante, porque, na saliva, temos um promotor de crescimento das nossas bactérias do intestino. Enquanto mastigamos, nossa língua manda informações para outros órgãos a fim de que estes se preparem para receber o alimento.

Temos toda uma sintonia no nosso organismo. Então, para nós é melhor que mastiguemos as frutas. Se você toma o suco da fruta em vez de comê-la, você fica sem as fibras e não manda as substâncias necessárias para seu intestino.

Deus disse: "Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo do firmamento dos céus" (Gênesis 1,20). É churrasco? Não é peixe, é ave. Deveríamos comer mais aves e peixes, porque eles são fontes de proteínas. Os estudos científicos também nos mostram que podemos comer ovos. Até dois ovos por dia não fazem mal à saúde; além de serem importantes para a saúde da gestante e do bebê.

Arroz e feijão são saudáveis, é a comida do brasileiro e não engorda. E Deus não é monótono. Você pode variar o arroz, dar preferência para o arroz integral. E quanto ao feijão? Quantos tipos diferentes de feijão Deus nos deu! Por que comemos o mesmo todos os dias? Opte pelo feijão preto, feijão-de-corda, feijão fradinho... Há também a ervilha, o grão-de-bico, a lentilha.

Precisamos de nutrientes, porque eles vão dar gás para nosso fígado trabalhar e eliminar as toxinas.

Você já guardou molho de tomate num pote? Já observou o que acontece? Cria-se uma camada de gordura no plástico que você não consegue mais tirar. Quando o molho entra em contato com o plástico, ele troca com este gorduras. O plástico passa a sua gordura tóxica para o molho e o molho passa sua gordura para o pote.

Uma pesquisa mostra que, conforme foram mudando as embalagens, mais foi aumentando o gráfico de obesidade. Antigamente, no tempo da nossa avó, não existia plástico. Tudo era colocado em vidros. Hoje, se a avó de vocês fosse visitar a sua despensa, o que ela diria sobre os alimentos? “Esse eu não conheço”. Há muitos alimentos industrializados, ninguém quer saber mais de cozinhar, de preparar a comida. Esses hábitos precisam ser retomados. Comece tirando da sua rotina alimentos industrializados. Coma comida de verdade.

Comece olhando a composição dos alimentos quando for ao supermercado. Veja se há algum nome de comida que você conhece lá. Se não tiver, devolva para a prateleira, porque é tudo produto químico industrializado e o corpo sofre para eliminá-lo.

Se fizermos uma reflexão bíblica sobre o alimento, vamos nos perguntar: “Por onde o pecado entrou?” Pela comida, pela boca. Esse já é um sinal de como é difícil dizermos 'não' para alguma coisa. Não que a maçã seja ruim, pelo contrário, ela é ótima para nosso corpo. Na verdade, a maçã de Adão e Eva é uma fruta apenas simbólica.

“Tudo posso, mas nem tudo me convém” é um livro que mostra, já na capa, a mão de uma mulher levando a comida para o homem, porque somos nós quem colocamos a comida na mesa para nossa família.

Quando comemos bem, não ficamos com a mente agitada. Nós precisamos estar com o organismo bom para ouvirmos o que o Senhor nos diz, porque se tudo em nós não estiver em ordem, como vamos captar a voz de Deus e ouvir o que Ele tem a nos dizer?

“Nunca sejas guloso em banquete algum; não te lances sobre tudo o que se serve, pois o excesso no alimento é causa de doença, e a intemperança leva à cólica. Muitos morreram por causa de sua intemperança, o homem sóbrio, porém, prolonga sua vida” (Eclesiástico 37, 32-34).

Nós temos, por meio da comida, que colocar saúde em nosso organismo, pelo menos, três vezes ao dia.

Meu livro fala de diversos alimentos que são pró-inflamatórios. Eu convidei um ex-paciente meu para escrever o livro de receitas: “Escolhas e impactos – gastronomia funcional”. Além das receitas, o chef conta que, quando foi tirar alguns alimentos da sua vida, foi uma dificuldade para ele.

Um exemplo de alimentação saudável, um maná do século XXI, é a banana verde. Ela é fantástica, uma biomassa que você pode incluir no suco, porque dá textura, aumenta o volume e é alimento das suas bactérias intestinais. A banana verde segura a glicemia e é tudo de bom para quem tem colesterol.

Muitas pessoas melhoram sua saúde quando voltam a comer comida e a fazer atividade física. Temos de voltar ao tempo da vovó, a comer as coisas da terra. Não podemos passar mais de três horas sem comer, porque isso quebra a nossa musculatura.

Deus colocou, em Sua Palavra, várias citações para que você possa ser uma ferramenta útil para Ele. Vamos pensar com carinho e colocar, no nosso dia a dia, comida de verdade. Lembre-se: “tudo posso, mas nem tudo me convém”.

Fonte:


Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso
http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2672&pre=7376&tit=Tudo%20posso,%20mas%20nem%20tudo%20me%20conv%E9m

Desenhos











Os dez mandamentos



“Que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”
“Se queres entrar para a vida, guarda os  mandamentos” (Mt 19,16-17). 
Por sua prática e por sua pregação, Jesus atestou a perenidade do Decálogo.
O dom do Decálogo é concedido no contexto da Aliança celebrada por Deus com seu povo.
Os mandamentos de Deus recebem seu verdadeiro significado nessa Aliança e por meio dela.
Fiel à Escritura, e de acordo com o exemplo de Jesus, a Tradição da Igreja reconheceu ao Decálogo uma importância e um significado primordiais.
Decálogo forma uma unidade orgânica, em que cada “palavra” ou “mandamento” remete a todo o conjunto. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei.
O Decálogo contém uma expressão privilegiada da lei natural. Conhecemo-lo pela revelação divina e pela razão humana.
Os Dez Mandamentos enunciam, em seu conteúdo fundamental, obrigações graves. Todavia, a obediência a esses preceitos implica também obrigações cuja matéria é, em si mesma, leve. O que Deus manda, torna-o possível por sua graça.
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com 2133 toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6,5).
O primeiro mandamento convida o homem a crer em Deus, a 2134 esperar nele e a amá-lo acima de tudo.
“Adorarás o Senhor teu Deus” (Mt 4,10). Adorar a Deus, orar a Ele, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas e os votos que foram feitos a Ele são os atos da virtude de religião que nascem da obediência ao primeiro mandamento. O dever de prestar um culto autêntico a Deus incumbe ao homem, tanto individualmente como em sociedade.
O homem deve “poder professar livremente a religião, tanto em particular como em público”. A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.
A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio, a simonia são pecados de irreligião proibidos pelo primeiro mandamento.
Enquanto rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.

O culto às imagens sagradas está fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Não contraria o primeiro mandamento.
“Senhor, nosso Deus, quão poderoso é teu nome em toda a terra” (SI 8,11).
 O segundo mandamento prescreve respeitar o nome do Senhor. O nome do Senhor é santo.
 O segundo mandamento proíbe todo uso inconveniente do nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa.
O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira. O perjúrio é uma falta grave contra o Senhor, sempre fiel a suas promessas.
“Não jurar nem pelo Criador, nem pela criatura, se não for com verdade, necessidade e reverência.
No Batismo, o cristão recebe seu nome na Igreja. Os pais, os padrinhos e o pároco cuidarão para que lhe seja dado um nome cristão. O patrocínio de um santo oferece um modelo de caridade e um intercessor seguro.
O cristão começa suas orações e suas ações pelo sinal-da-cruz, “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.
Deus chama cada um por seu nome.
“Guardarás o dia de sábado para santificá-lo” (Dt 5,12). “No sétimo dia se fará repouso absoluto em honra do Senhor” (Ex 31,15).
O sábado, que representava o término da primeira criação, é substituído pelo domingo que lembra a criação nova inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
A Igreja celebra o dia da Ressurreição de Cristo no oitavo dia, que é corretamente chamado dia do Senhor, ou domingo.
O domingo (...) deve ser guardado em toda a Igreja como o dia de festa de preceito por excelência.”
“No domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa.”
“No domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo.”
A instituição do domingo contribui para que “todos tenham tempo de repouso e de lazer suficiente para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa. Todo cristão deve evitar impor sem necessidade aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do Senhor.
“Honra teu pai e tua mãe” (Dt 5,16; Mc 7,8).
De acordo com o quarto mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que Ele, para nosso bem, investiu de autoridade.
A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos.
“A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar.”
Os filhos devem a seus pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar.
Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Têm o dever de prover, na medida do possível, às necessidades físicas e espirituais de seus filhos.
Os pais devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos. Lembrem e ensinem que a primeira vocação do cristão consiste em seguir a Jesus.
A autoridade pública deve respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana e as condições de exercício de sua liberdade.
É dever dos cidadãos trabalhar com os poderes civis para a edificação da sociedade num espírito de verdade, de justiça, solidariedade e de liberdade.
O cidadão está obrigado em consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis, quando contrárias às exigências da ordem moral. “E preciso obedecer antes a Deus que homens” (At 5,29).
Deus tem em seu poder a alma de todo ser vivo e o espírito de todo homem carnal” (Jó 12,10).
Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo.
O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.
A proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
Desde a concepção, a criança tem o direito à vida. O aborto direto, isto é, o que se quer como um  fim ou como um meio, é uma “prática infame”, gravemente contrária à lei moral. A Igreja condena com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana.
Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano.
A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. E gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador.
O suicídio é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade. E proibido pela quinto mandamento.
“O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano”
Ao criar o ser humano, homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a ambos.
Cada um, homem e mulher, deve chegar a reconhecer e aceitar sua identidade sexual.
Cristo é o modelo da castidade. Todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida próprio.
A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.
Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.
A aliança que os esposos contraíram livremente implica um amor fiel. Impõe-lhes a obrigação de guardar seu casamento indissolúvel.
A fecundidade é um bem, um dom, um fim do casamento. Dando a vida, os esposos participam da paternidade de Deus.
A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis.  A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moral mente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização direta ou a contracepção).
O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.
“Não roubarás” (Dt 5,19). “Nem os ladrões, nem os avarentos nem os rapinadores herdarão o Reino de Deus” ( 1Cor 6,10).
O sétimo mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do trabalho dos homens.
Os bens da criação são destinados a todo o gênero humano. O direito à propriedade privada não abole a destinação universal dos bens.
O sétimo mandamento proíbe o roubo. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável do proprietário.
Toda forma de apropriação e uso injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo mandamento. A injustiça cometida exige reparação. A justiça comutativa exige a restituição do bem roubado.
A lei moral proíbe os atos que, visando a fins mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres humanos, à sua compra, venda e troca como mercadorias.
O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito às obrigações morais, inclusive para com as gerações futuras.
Os animais são confiados à administração do homem, que lhes deve benevolência. Podem servir para a justa satisfação das necessidades do homem.
A Igreja emite um juízo em matéria econômica e social quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem.
Preocupa-se com o bem comum temporal dos homens em razão de sua ordenação ao Sumo Bem, nosso fim último.
O próprio homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da caridade.
O valor primordial do trabalho depende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Por meio de seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor.
O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada pessoa de responder à sua vocação, portanto, ao chamamento de Deu. A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna; é também uma prática de justiça que agrada a Deus. Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da parábola?
Como não ouvir Jesus, que diz: “Foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt 25,45)?
“Não levantarás falso testemunho contra teu próximo” (Ex 20,16).
Os discípulos de Cristo “revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade” (Ef 4,24).
A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.
O cristão não deve “se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor” (2Tm 1,8) em atos e palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé.
O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.
A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo.
Toda falta cometida contra a verdade exige reparação. A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.
“O sigilo sacramental é inviolável.” Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas.
A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. E conveniente que se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social.
As artes, mas sobretudo  a arte sacra, têm em vista, “por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos a Deus”.
“Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,28).  O nono mandamento adverte contra a cobiça ou concupiscência carnal.
A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e pela prática da temperança.
A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.
A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.
A pureza do coração exige o pudor, que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.
“Onde está teu tesouro, aí estará teu coração” (Mt 6,21).
O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida paixão imoderada das riquezas e de seu poder.
A inveja é a tristeza sentida diante do bem de Outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar. E um vício capital.
O batizado combate a inveja pela benevolência, pela humildade e pelo abandono nas mãos da Providência divina.
Os fiéis de Cristo “crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências” (Gl 5,24); são conduzidos pelo Espírito e seguem os desejos dele.
O desapego das riquezas é necessário para entrar no dos Céus. “Bem-aventurados os pobres de coração.”
Eis o verdadeiro desejo do homem: “Quero ver a Deus”. A sede de Deus é saciada pela água da Vida Eterna.



São Marcos e o Evangelho




O COMEÇO DE UMA BOA NOTÍCIA

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus! Sinto uma alegria muito especial em conversar com vocês.
Permitam que me apresente. Sou Marcos. Sou conhecido como o evangelista Marcos, aquele que escreveu o primeiro Evangelho de Jesus Cristo.
Eu sei que, na Bíblia de vocês, o primeiro evangelho que aparece é o de Mateus. Na verdade, meu amigo Mateus, bem como Lucas, escreveram  depois de mim a respeito da vida do nosso Mestre e Senhor. Aliás, várias coisas que eles escreveram se basearam no meu escrito.
Na verdade, não escrevi sozinho o Evangelho. Para isso contribuiu um grupo grande de pessoas de fé. Nós tivemos a graça de conhecer Jesus Cristo através da pregação de Paulo, de Pedro e de outros discípulos e discípulas de Jesus.
E Ele chama pelo nome!
De casa em casa
O entusiasmo tomou conta de nós e decidimos seguir para valer a Proposta do Filho de Deus.
Todos nós: mulheres e homens, crianças, jovens e idosos nos reuníamos, de preferência, nas casas. Aí conversávamos, rezávamos, celebrávamos a Ceia do Senhor e nos instruíamos sobre a doutrina e a prática de Jesus.
Estes encontros comunitários nos ajudaram a entender e a viver, com mais clareza e profundidade, a mensagem daquele que foi se tornando o nosso único Mestre e Salvador. A nossa própria casa era um espaço de encontros e reuniões de uma dessas comunidades cristãs.
Foi nesses encontros que aprendi o que é ser discípulo de Jesus. O apóstolo Pedro se hospedou algumas vezes lá em casa. Se quiserem conferir, leiam Atos dos Apóstolos 12,12. Aí vocês vão ver que meu nome completo é João Marcos. Minha mãe se chamava Maria e era uma pessoa que, pela sua fé e pela sua vida dedicada à comunidade, me ensinou grande parte das coisas que pratiquei e anunciei.
Missionário em Roma
Ainda no livro dos Atos dos Apóstolos vocês vão me encontrar em pleno trabalho missionário, acompanhando meu primo Barnabé e Paulo (At 12, 25; 13, 5). Eu gostava muito de ser um evangelizador pelo mundo afora, assim como o amigo Paulo, de quem fui colaborador e de quem aprendi inúmeras coisas, especialmente o que se refere à fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo (Fm 24).
Graças a Deus, ele gostava de mim, me corrigia e me valorizava muito (2Tm 4, 2).
O trabalho missionário me levou, mais tarde, a Roma, capital do Império Romano. Lá tive a sorte de conviver com Pedro e a comunidade cristã daquela cidade. Eu aprendi a ter grande estima e admiração por Pedro. A afeição era recíproca: ele mesmo me chamava de “meu filho” 5,14).
Tempos difíceis
Na medida em que eu ia visitando as comunidades cristãs espalhadas em muitos lugares do Império, ia crescendo em mim o desejo de escrever a respeito de Jesus Cristo.
Fui percebendo que muitas coisas que Jesus havia feito e ensinado estavam sendo esquecidas. Estávamos no ano 70. Já havia passado 40 anos da morte e ressurreição de Jesus. Além disso, muitos cristãos e cristãs tinham sido perseguidos e mortos. Em Roma mesmo, nós passamos por muitas situações de sofrimento.
Apenas para citar uma dessas situações, lembro que o imperador Nero, no ano 64, mandou incendiar Roma e colocou a culpa nos cristãos. A perseguição foi duríssima!
Além disso, havia  muita indigência, fome e abandono. A maioria das pessoas que fazia parte das comunidades cristãs era bem pobre, sem casa e sem segurança.
Destruição de Jerusalém
Não bastasse isso, neste mesmo ano 70,  recebemos a notícia de que cidade de Jerusalém foi destruída,  juntamente com o Templo, pelo exército romano. Minha casa ficava naquela cidade.
Jerusalém era considerada a cidade santa, e o Templo, o lugar santíssimo. Muitos irmãos e irmãs cristãos moravam lá. Os que escaparam foram se dispersando pelo mundo. Tudo isto causava muita tristeza em nosso coração e alguns da comunidade estavam desistindo de viver a proposta de Jesus.
Há estudiosos que dizem que este Evangelho foi escrito em Roma; outros dizem que foi na Síria, região próxima à Palestina. O importante é o motivo que nos levou a escrever: foi para animar as comunidades cristãs e  ajudá-las  a perseverar no caminho de Jesus. Para isso, assumimos a  missão de pesquisar e responder à pergunta : quem  é Jesus? O primeiro título que nós demos foi: Começo do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Só mais tarde, a Tradição deu o nome de Evangelho de Marcos.
Vamos cantar e refletir...
Tu te abeiraste na praia
Não buscaste nem sábios, nem ricos
Somente queres que eu te siga....
Senhor, Tu me olhaste nos olhos
A sorrir, pronunciaste meu nome
Lá na praia, eu deixei o meu barco
Junto a Ti, buscarei outro mar
Tu sabes bem que em meu barco
Eu não tenho espadas nem ouro
Somente redes e o meu trabalho...



COMO SER UMA PESSOA DISCÍPULA DE JESUS?


Vocês já sabem que meu nome é Marcos e sabem que escrevi o Evangelho de Jesus Cristo para animar as comunidades cristãs, incentivando-as, apesar dos muitos problemas, a permanecerem firmes na fé e na proposta de Jesus.
Problemas que enfrentamos
Estes problemas referem-se, sobretudo, à perda do entusiasmo em seguir a Jesus Cristo devido a perseguições externas, como a do Imperador Nero. São Pedro e São Paulo foram mortos neste período entre os anos de 64 a 67.
A maioria das pessoas que tiveram o privilégio de ver e seguir a Jesus, antes de sua Morte e Ressurreição, já não estava mais neste mundo. Os testemunhos delas foram muito importantes. Mas alguns no meio de nós já levantavam dúvidas se aqueles testemunhos eram verdadeiros ou não. Certas pessoas até levantavam suspeitas a respeito da Ressurreição de Jesus.
Além disso, entre nós foram aparecendo atitudes de competição, ciúmes, ambição e outras formas de egoísmo que criam divisões entre os membros da mesma comunidade. Isto contradiz a Proposta de Jesus, que veio trazer a paz e a unidade.
Uma das grandes dificuldades que enfrentamos refere-se à fé em Jesus Cristo como  o Messias-Salvador.
Havia um grupo de judeus  não-cristãos que afirmavam que Jesus não podia ser o Salvador, pois o Antigo Testamento ensinava que um sujeito condenado à morte na cruz era considerado “maldito de Deus” (cf. Dt 21, 23). Então, como um maldito de Deus pode ser o Messias?
Isso abalava a consciência de muita gente que se perguntava: Afinal, quem é Jesus? Será que Ele realmente é o Messias, o Filho de Deus, o nosso Salvador?... Tudo isto fazia levantar a questão que, para nós, era fundamental responder: como seguir a Jesus?
Como seguir verdadeiramente a Jesus?
    Nós, quando escrevemos o Evangelho, pensávamos nestes problemas todos. Queríamos anunciar o começo de uma Boa Notícia. Só o começo, porque ela deve continuar na vida das pessoas cristãs. Deve ser vivida pela ação e pela palavra de quem segue o caminho de Jesus. Cada momento de nossa vida deve ser inspirado pela Boa Nova de Jesus. O compromisso com o Projeto de Jesus deve ser continuamente renovado e levado à execução.
As pessoas prediletas de Jesus
     Por isso, ao escrever o Evangelho, demos muita importância aos discípulos e discípulas. Elas são pessoas prediletas de Jesus. Se vocês lerem atentamente o Evangelho que escrevemos, facilmente observarão que:
• A primeira coisa que Jesus faz é chamar discípulos (Mc 1, 16-20).
• A última coisa que Jesus faz é chamar discípulos (Mc 16, 7. 15).
• E, do começo ao fim de sua missão, Jesus sempre os leva consigo.
    Os seguidores e seguidoras de Jesus são a sua família: “Eis a minha mãe e os meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3, 34-35).
     Jesus, aos seus discípulos, dá uma formação especial. Quando eles não entendem, Ele explica tudo de novo (cf. Mc 4,34).
     Jesus corrige também a mentalidade e as atitudes de dominação e superioridade que, às vezes, surgem entre eles: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos... Aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor; e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos” (Mc 9, 35; 10, 43-44).
Seguir a Jesus sem voltar atrás
     Por que nós escrevemos isto? Para que as comunidades daquele tempo e também as comunidades de hoje, das quais vocês fazem parte, saibam e sintam que, apesar dos muitos problemas, é importante viver como discípulos e discípulas de Jesus. As pessoas que o seguem com sinceridade são suas prediletas e podem, portanto, cantar com entusiasmo:
“Me chamaste para caminhar na vida contigo! Decidi para sempre seguir-te e não voltar atrás!”
     E claro que seguir a Jesus não é apenas cantar e dizer-lhe palavras bonitas. Afinal, Ele é o Filho de Deus que se fez nosso Irmão. Essa bondade e humildade de Deus nos fascinam! Essa verdade foi o que mudou minha vida e a vida de muita gente. Por isso, nós iniciamos o Evangelho dizendo: “Começo da Boa Notícia de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1,1).
     No fim, na hora em que Jesus morre, novamente, nós declaramos pela boca de um centurião romano que Ele é “verdadeiramente o  Filho de Deus” (Mc 15,38). Com Ele aprendemos a trilhar o caminho da responsabilidade, da liberdade e da vida.
Vamos cantar!
Missão de Todos nós – Zé Vicente
                Foi Deus que me criou, me quis me consagrou
para anunciar o seu amor.(bis)
Eu sou como chuva em terra seca, pra saciar,
fazer brotar eu vivo pa amar e pra servir! (bis)

É missão de todos nós Deus chama, eu quero ouvir a sua voz! (bis)

Eu sou como a flor por sobre o muro (bis)
Eu tenho mel, sabor do céu
Eu vivo pra amar e pra servir. (bis)

Eu sou como estrela em noite escura. (bis)
Eu levo a luz sigo a Jesus.
Eu vivo pra amar e pra servir! (bis)

Eu sou, sou profeta da verdade. (bis)
canto a justiça e a liberdade.
Eu vivo para amar e pra servir! (bis)

                           OS PASSOS DA CAMINHADA


Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
Cada um de vocês, como nós das primeiras comunidades cristãs, recebeu a missão de anunciar a Boa Notícia de Jesus Cristo e sua Proposta de Vida e Liberdade. Ser catequista não significa somente realizar encontros de catequese, mas é aderir por inteiro, de corpo e alma, ao jeito de ser, de pensar, de amar e servir do próprio Jesus Cristo. É caminhar na mesma estrada de Jesus.
Nós tínhamos certeza de que o caminho da paz e da plena realização humana era Jesus e sua prática. No começo, tudo parecia fácil e encantador. Mas, ao caminhar na estrada de Jesus, fomos enfrentando crises, dificuldades, dúvidas e perseguições...
Enfim, fomos percebendo que seguir a Jesus não é apenas uma questão de boa vontade, mas um processo, uma aprendizagem que vamos fazendo juntos, passo a passo...
Essa aprendizagem se dá seguindo simbolicamente apresentada desde a Galiléia  até Jerusalém.  A Galiléia é lugar social dos pobres, explorados e marginalizados. Aí Jesus se criou, num lugar chamado Nazaré.
Junto com Maria e José, Jesus - o Filho de Deus - , sentiu em sua carne tudo que um ser humano comum vive. E a partir daí que Jesus, em sua vida pública, realiza a sua missão de libertação dos pobres e oprimidos.
Podemos apresentar essa caminhada em quatro etapas que revelam o processo de crescimento dos discípulos de Jesus:
Mc 1, 1-15: Introdução e apresentação
1ª etapa: Mc 1, 16-34. Mostra o entusiasmo no início da caminhada com Jesus.
2ª etapa: Mc 1, 35 - 8, 21. Mostra quem é Jesus pela sua prática. No entanto, os discípulos entram em crise porque não conseguem entender.
3ª etapa: Mc 8,22 - 13, 37. Mostra que seguir a Jesus é tomar a cruz, como Ele. Os discípulos continuam sem compreender, parecem cegos. Jesus procura esclarecê-los através da sua instrução, da sua catequese.
 4ª etapa: Mc 14, 1 - 16,8. Com a morte de Jesus, tudo parece ter fracassado. No entanto, é o momento muito especial para recomeçar de novo...
Mc 16, 9-20: Conclusão e resumo.
Estas quatro etapas são passos que mostram o caminho do seguimento de Jesus. E uma forma didática para ajudar mi Catequese dos cristãos e cristãs de ontem e de hoje.
E lembre-se: foi a partir da Galiléia, da periferia, o lugar social dos  oprimidos que, Jesus desenvolveu sua catequese (prática e teoria) em vista da Proposta de Vida para todos.
                    SEGUIR A JESUS COM ENTUSIASMO
Vamos falar:
• da introdução do nosso Evangelho de Marcos (1,1-15);
• da 1ª etapa: o entusiasmo que houve no início da caminhada de Jesus.
Apresento-lhes João, o Batista
Depois do título do nosso livro: Início da Boa Notícia de Jesus Cristo, o Filho de Deus (1,1), apresentamos João Batista como aquele que prepara o caminho do Senhor Jesus.
Vimos na pessoa e na missão de João Batista o cumprimento da Sagrada Escritura. Por isto citamos duas frases do Primeiro Testamento: uma tirada do profeta Malaquias 3,1: “Eis que vou enviar o meu mensageiro para que prepare o caminho na minha frente”. Esta frase é bem semelhante à outra que se encontra no livro do Êxodo 23, 20: “Eis que envio um anjo diante de ti para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti”.
Por que citamos estas frases? Porque elas apontam para alguém que caminha na frente do povo. Quem é esse alguém? É a pessoa que recebe a missão de indicar o caminho de Deus: o caminho da Liberdade e da Vida para os pobres.
No Primeiro Testamento foram as parteiras que salvaram as crianças contra as ordens do Faraó... Foram Moisés, Aarão, Míriam e tantos outros que, com coragem e persistência, ajudaram a organizar o povo e o animaram no caminho do Êxodo, para sair da escravidão e conquistar a liberdade. Foram os profetas e profetisas que, com coragem e lucidez, denunciaram a opressão dos poderosos e apontaram o caminho da solidariedade e da justiça: o caminho de Deus!
   
No Segundo Testamento é Maria de Nazaré que acolhe a Palavra e em seu seio Deus se faz carne. E João Batista que aponta para Jesus e prepara o seu caminho, o caminho do Novo Êxodo: libertação de todo tipo de escravidão.
    Hoje, são os homens e as mulheres que, com muita fé e coragem, animam a caminhada do povo tão sofrido e machucado, renovando- lhes a esperança de um mundo justo e fraterno.
Um sujeito bem original
     
O profeta João vestia-se com simplicidade e pregava com toda ousadia, do mesmo jeito dos profetas do Antigo Testamento. Nós o apelidamos de “Batista” porque ele batizava cada um que estava disposto a se converter e acolher a Boa Notícia do Reino de Deus.
     
O Batismo era um sinal muito forte e profundo. Entre nós, nas primeiras comunidades cristãs, só o recebia quem acreditasse no Evangelho e desejasse viver uma vida nova.  Ao mergulhar na água, a pessoa que aceitava o Batismo, mergulhava no Projeto de Deus e passava a viver conforme a sua vontade.
     
 O próprio Jesus veio de Nazaré da Galiléia até à Judéia para ser batizado por João. Ele sabia o que estava fazendo, mergulhou de corpo e alma na vontade de Deus.
       Foi naquele momento que o próprio Deus-Pai revelou quem é Jesus: “Tu és o meu filho amado...”.
      
Fico emocionado só em pensar no dia em que eu, Marcos, recebi o Batismo. Junto com a comunidade, acreditei no testemunho dos que conviveram com Jesus e, assim, resolvi mergulhar por inteiro na construção do Reino de Deus.
Deixar-se seduzir por Jesus
       
 Vocês também, eu sei, estão assumindo o Batismo como catequistas, animadores e participantes de comunidades. Vocês, como eu, têm a certeza da presença de Jesus Ressuscitado. Vocês, como eu, deixaram-se seduzir pelo amor dele e deixaram-se conduzir pelo mesmo Espírito que guiou João Batista, Jesus e seus discípulos. Que Deus os abençoe com toda espécie de graças!
       
 Foi realmente grande o entusiasmo que tomou conta de todos nós, seguidores e seguidoras de Jesus. No início, tudo parecia fácil e encantador. Muitos, entre nós, abandonaram suas profissões e até suas famílias para seguir radicalmente a estrada de Jesus.
       
 Eu mostro isto contando como aconteceu o chamado dos quatro primeiros discípulos: Simão, André, João e Tiago (Mc 1,16-20). Eles representam a grande multidão que, com disposição e alegria, deixou-se atrair por Jesus. De fato, onde Jesus se encontrava, aí acorria muita gente, pois Ele irradiava amor e carinho especiais.
       
 Ele fazia maravilhas: acolhia os pobres, curava os doentes, abençoava as crianças, reintegrava os marginalizados, expulsava os espíritos maus, comia com os pecadores, aceitava as mulheres como discípulas.
        
 Jesus era um amigo sincero dos que foram jogados para fora do sistema social, político, econômico e religioso daquela época, na Palestina. Com Jesus, os céus se abriram novamente, como foi revelado no momento do seu Batismo no rio Jordão.
        
Em Jesus, os céus se abriram: Deus novamente se mostrou favorável, amoroso, terno, misericordioso e justo para com os oprimidos. Ninguém podia imaginar que a Bondade e a Misericórdia de Deus pudesse chegar a este ponto: tornou-se um de nós!
        
É bem como escreveu Paulo, de quem fui companheiro de Missão: “Ele (Jesus) tinha a condição divina.., mas esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana...” (FL  2,6-7).
Um dia escutei teu chamado,/
divino recado, batendo no coração./
Deixei desta vida as promessas/
e fui bem depressa no rumo da tua mão!

Tu és a razão da jornada,/
tu és minha estrada,/
meu guia e meu fim./
No grito que vem do meu povo/
te escuto de novo/
chamando por mim.

Os anos passaram ligeiro/
me fiz um obreiro/
no reino de paz e amor./
Nos mares do mundo navego/
e às redes me entrego,/
tornei-me teu pescador.

Embora tão fraco e pequeno,/
caminha sereno/
com a força que vem de ti./
A cada momento que passa/
revivo esta graça/
de ser teu sinal aqui!
AS CAUSAS DO ENTUSIASMO NA CAMINHADA COM JESUS

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus! Vocês sabem muito bem que ser discípulo e discípula de Jesus é um processo que vai se dando pouco a pouco na nossa vida.  No Evangelho que escrevemos nós mostramos este processo em quatro etapas:

1ª) Entusiasmo inicial;

2ª) Crise: desencontros e questionamentos;

3ª) A Cruz;

4ª) A morte de Jesus e o novo começo.
Primeira etapa
O que acontece nesta primeira etapa está relatado em Mc 1,16 a 6,13. Começa com a chamada dos discípulos à beira do lago e termina com o envio para a missão. Jesus está na Galiléia e movimenta-se por todo canto. Com Ele vão os discípulos e grande multidão.
O entusiasmo nesta primeira etapa se percebe por algumas atitudes dos discípulos:
1) Deixam tudo para seguir a Jesus. Eles não têm dificuldades de abandonar suas famílias, sua profissão e seus bens para aceitar o chamado de Jesus. Seguir o Filho de Deus exige ruptura. Mas isto parece não ser difícil. Pelo menos no início da caminhada.
2) Acompanham Jesus por todo canto. Vão com Ele na sinagoga, nas casas até dos pecadores, nos campos, ao longo do mar; ficam a sós com Ele e colocam-lhe suas dúvidas; atravessam o mar e entram em terra estrangeira. Parece ser muito gostoso acompanhar Jesus em todos os lugares. Pelo menos no início.
3) Participam da dureza da nova caminhada. Eles não têm tempo nem para comer por causa da multidão que os procura; no fim do dia sentem-se cansados e procuram um lugar retirado para poderem descansar. Mas tudo isso não parece pesado, pelo menos no início.
4) Desfrutam da amizade com Jesus. Vão à sua casa, convivem com Ele... Jesus também vai  na casa deles e se preocupa com os problemas da família deles; cura a sogra de Pedro; a convivência parece ser muito íntima e familiar. Jesus chega até a dar apelidos a João e a Tiago chamando-os de “filhos do trovão”; a Simão deu o apelido de “Pedra”. Parece que é muito gostoso conviver com Jesus, pelo menos no início.
5) Aprendem a discernir e seguir a nova linha. Com Jesus adquirem uma nova visão a respeito de certas normas e aprendem a agir com liberdade: arrancam espigas em dia de sábado, entram nas casas de pecadores, comem sem lavar as mãos, não dão muita importância ao jejum. Por isso são criticados pelas autoridades religiosas. Jesus, porém, defende seus discípulos. Tudo isso dá um sabor fora e vitória, pelo menos no início.
6) Distanciam-se das posições anteriores. Recebem instruções particulares de Jesus: as parábolas que Jesus conta ao povo Ele as explica, em particular, aos discípulos quando estão sozinhos em casa. Ele diz: “A vocês é dado conhecer o mistério do Reino...” (4,2). E os discípulos e as discípulas tornam-se os irmãos e as irmãs de Jesus: são a sua nova família. Tudo isto é muito bonito, pelo menos no início.
7) Recebem a missão de anunciar a Boa Notícia e expulsar os demônios. A mesma missão de Jesus e sua mesma força passam a ser também dos seus discípulos. Jesus constitui um grupo de Doze. E a atualização das doze tribos de Israel que formavam o Povo de Deus no Primeiro Testamento. Agora, com Jesus, os Doze representam  o novo Povo de Deus. Devem caminhar de dois a dois, com espírito comunitário. Assim, vão pregar e tirar das pessoas todo tipo de mal. Tudo parece maravilhoso, pelo menos no início.
As causas do entusiasmo
Estes sete pontos marcam esta primeira etapa da caminhada na estrada de Jesus. Vocês podem conferir no Evangelho. Façam isto com muito empenho: vai ajudá-los imensamente na missão de catequistas e animadores de comunidades. Aí vocês vão perceber que o entusiasmo dos discípulos e discípulas se fundamenta nestes aspectos principais:
A) A pessoa e a prática de Jesus atraem multidões. A sua prática é libertadora: não se deixa escravizar pelas leis, não se intimida frente às autoridades, convive com os excluídos da sociedade, vai na casa deles; cura as pessoas de toda espécie de doenças; expulsa demônios, isto é, torna as pessoas livres do Sistema Religioso que classifica as pessoas entre puras e impuras; vem anunciar uma nova era: a do Reino de Deus, onde as relações entre as pessoas são de igualdade e amor.
B) A Boa Notícia (o Evangelho) se espalha rapidamente por toda a Galiléia e arredores. E quem acolhe esta Boa Notícia são, especialmente, aquelas pessoas que não têm voz e nem vez na sociedade: possessos, doentes, leprosos, mulheres, crianças, paralíticos, pecadores.
C) Este entusiasmo todo se dá também pelo fato de os discípulos ainda não perceberem quem é realmente Jesus . Eles não estão ainda conscientes das implicações o seu seguimento. Por isso, já dentro desta primeira etapa, percebemos que aparecem os desencontros e questionamentos. É a etapa da crise.
Se ouvires a voz do vento
Chamando sem cessar
Se ouvires a voz do tempo
Mandando esperar.
A decisão é tua
A decisão é tua
São muitos os convidados
Quase ninguém tem tempo
Se ouvires a voz de Deus
Chamando sem cessar
Se ouvires a voz do mundo
Querendo te enganar
O trigo já se perdeu
Cresceu, ninguém colheu
E o mundo passando fome
De paz, de pão e de Deus
DEIXAR-SE QUESTIONAR POR JESUS

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
Caminhar na estrada de Jesus é uma opção exigente. Nós sabemos disso por experiência própria. Assim como aconteceu com as primeiras comunidades cristãs, vocês hoje são continuamente desafiados a enfrentar muitas dificuldades, vencer muitas barreiras para seguir Jesus e construir Seu Projeto de vida digna para todas as pessoas.
Quem é e como seguir a Jesus?
No primeiro momento tudo parecia fácil. O entusiasmo tomou conta de todos nós. Amar os outros e fazer o bem trazia alegria e felicidade. Jesus, realmente, era uma pessoa muito especial: manifestava muito amor, agia com uma autoridade diferente da elite religiosa e política da época, possuía um grande poder, perdoava e acolhia pecadores e marginalizados, realizava muitos milagres.
A pessoa e a prática de Jesus nos atraíam fortemente. Este clima gostoso que nos envolvia era apenas a primeira etapa do seguimento de Jesus. Dentro desta etapa do entusiasmo, já vai aparecendo a segunda  etapa, que se caracteriza por alguns desencontros.
Desencontros, dúvidas e questionamentos
Percebemos que o entusiasmo do primeiro amor não tinha raízes profundas. Pouco a pouco foram aparecendo dúvidas, incompreensões... No Evangelho eu coloco vários desencontros entre Jesus e os discípulos. Eis alguns:
 
• Querem reter Jesus
Certa vez Jesus, estando a rezar num lugar deserto, Pedro e seus companheiros o procuram ansiosos e dizem-lhe: “Todos te procuram”. Querem trazer Jesus de volta para o meio do povo onde sua fama é grande. Jesus não atende o seu pedido e diz: “Vamos para outros lugares” (Mc 1, 35-39). E um primeiro desencontro, uma pequena frustração, mas já mostra que Jesus não é como eles imaginam.
• Não entendem as Parábolas de Jesus
Jesus ensina através de parábolas: histórias que levam os ouvintes a refletir e descobrir o sentido para a vida. Os discípulos não conseguem entender. Depois de ouvirem a parábola do semeador eles pedem explicação. Jesus diz: “Não compreendem esta parábola? Então como é que vão entender as outras? ... Prestem atenção no que vocês ouvem...” (Mc 4,1-25). Este segundo desencontro que ser seguidor de Jesus é também ter a capacidade de pensar e discernir o verdadeiro sentido das Palavras que ele diz.
• Deixam-se dominar pelo medo
Ao atravessar o mar da Galiléia enfrentam uma tempestade de vento. As ondas se jogam para dentro do barco onde estão os discípulos. Jesus está dormindo. Eles o acordam gritando: “Não te importas que pereçamos?”Jesus acalma o mar e diz: “Então vocês não têm fé?”. Sem saber o que responder se perguntam: “Quem é este, que até o mar e o vento lhe obedecem?” (Mc 4, 35-41). E o terceiro desencontro. Mais forte e sério que os anteriores. Apesar de conviverem com Jesus, eles ainda não o conhecem. Têm medo porque não têm fé.
• Não têm sensibilidade
Jesus é convidado para ir à casa de Jairo a fim de curar uma menina. O povo vai junto. E uma multidão que o comprime de todos os lados. Uma mulher que há doze anos sofre de uma hemorragia, também está aí no meio, seguindo a Jesus. Decide aproximar-se dele e toca nas suas roupas, com a fé de que seria curada. Jesus, com sua atenção e sensibilidade, percebe logo: olhando ao seu redor, pergunta: “Quem me tocou?” E os discípulos estranham: “A multidão está te comprimindo e ainda perguntas quem me tocou?” A mulher caindo a seus pés, conta-lhe toda a verdade. Jesus a olha com muito carinho e lhe diz: “Minha filha, a tua fé te salvou; vai em paz...” (Mc 5,21-34).
         Este desencontro revela um jeito de ser sensível e amável: mesmo no meio da multidão, cada pessoa deve ser respeitada na sua individualidade e atendida em suas necessidades com muita atenção e amor. Esta é a tarefa do seguidor e da seguidora de Jesus.
• Querem mandar embora o povo faminto
Jesus e os discípulos procuram um lugar deserto para descansar. Resolvem atravessar o mar, de barco, para retirar-se da multidão. Não adianta. Quando desembarcam, já encontram uma multidão de gente à sua espera. Jesus “fica tomado de compaixão por aquelas pessoas, pois são como ovelhas sem pastor. E começa a ensinar-lhes muitas coisas”. A noite vem chegando e os discípulos se preocupam em mandar o povo embora para que possa alimentar-se. E Jesus surpreendentemente lhes diz: “Dêem vocês mesmos de comer”. E eles perguntam: “Então o Senhor quer que a gente vá comprar pão para toda essa multidão?”... (Mc 6,30-44). Jesus mostra um novo jeito de atender às necessidades do povo. Um novo jeito de organização sócio-econômica
• Não têm confiança em Jesus
Apesar de tantos sinais da presença e ação libertadora de Jesus, os discípulos continuam não entendendo nada. Ficam apavorados e começam a gritar quando Jesus se aproxima da barca, de noite. Pensam que é um fantasma. O seu coração continua endurecido. (Mc 6, 45-52). A atitude de fechamento e falta de confiança por parte dos discípulos faz com que eles não consigam reconhecer o verdadeiro rosto de Jesus.
• Permanecem sem entender
Depois que Jesus explica a respeito do que é puro e do que é impuro, os discípulos lhe perguntam, em casa, pelo significado de seu ensinamento. E Ele lhes diz: “Então nem vocês têm inteligência?” (Mc 7,1-32). Tudo isto está fazendo com que Jesus quase perca a paciência.
Jesus quase rompe com os discípulos
Os desencontros vão crescendo. Jesus age e ensina na esperança de que os seus discípulos entendam e possam mudar a sua mentalidade e o seu coração. Mas o resultado é quase nulo. Jesus parece perder a esperança. E o que dá para perceber em Mc 8,14-21. Jesus fala que é preciso ter cuidado com o “fermento dos fariseus e dos herodianos”. Os discípulos pensam que ele esteja falando do fermento do pão. Na verdade, Ele está se referindo à ideologia, ao modo de pensar e agir dos chefes religiosos e chefes políticos. Por isso, Jesus lhes dirige uma série de perguntas demonstrando impaciência.
Estes desencontros nós mostramos, principalmente, em textos que abrangem os capítulos 1,35 a 8,21. São desencontros e questionamentos que retratam a situação das comunidades no meio das muitas situações difíceis. É a segunda etapa na caminhada com Jesus. O entusiasmo continua, mas não podemos ficar na superficialidade. O seguimento de Jesus se realiza através de contínuas conversões que nos levam à opção radical pelo modo de pensar, sentir, ver e agir do Filho de Deus.
Eis-me aqui Senhor!
Eis-me aqui Senhor!
Pra fazer Tua Vontade pra viver do Teu Amor
Pra fazer Tua Vontade pra viver do Teu amor
Eis-me aqui Senhor!

O Senhor é o Pastor que me conduz
Por caminhos nunca vistos me enviou
Sou chamado a ser fermento sal e luz
E por isso respondi: aqui estou!

Ele pôs em minha boca uma canção
Me ungiu como profeta e trovador
Da história e da vida do meu povo
E por isso respondi: aqui estou!

Ponho a minha confiança no Senhor
Da esperança sou chamado a ser sinal
Seu ouvido se inclinou ao meu clamor
E por isso respondi: aqui estou!


O CAMINHO PARA VENCER A CEGUEIRA


Pessoalmente, na medida em que fui me tornando participante e animador das comunidades cristãs primitivas, fui entendendo que caminhar na estrada de Jesus exige contínua conversão. Neste caminho vamos passando por diversas etapas, de aprendizado e amadurecimento.
Do entusiasmo inicial passamos para momentos de desencontros e questionamentos. A idéia que inicialmente tínhamos de Jesus não correspondia à verdade. Imaginávamos que o Filho de Deus deveria ser forte, poderoso, de grande autoridade, capaz de vencer as forças político- 4 religiosas daquela época. Mas, Deus não se manifesta de acordo com o nosso modo de pensar e nem conforme as nossas expectativas. E como Ele falou através do profeta Isaías: “Os meus projetos não são os projetos de vocês, e os caminhos de vocês não são os meus caminhos” (55,8).
A pedagogia de Jesus em nos ajudar a vencer a cegueira, nós a mostramos na terceira etapa de nossa caminhada na estrada de Jesus. E uma etapa em que quase não há mais multidão: só Jesus e os poucos discípulos e discípulas. Estas pessoas, enquanto caminham com Jesus rumo a Jerusalém, recebem uma longa instrução sobre a Cruz:
I) através de palavras (8, 22 - 10, 52);
II) através de testemunho e ação (11, 1 - 12, 44);
III) através de um discurso (13, 1-37).
Vamos ver de perto a primeira parte desta terceira etapa.
A instrução de Jesus através de palavras  <Mc 8,22a 10,52>
Este ensinamento de Jesus, como vimos, tem finalidade de ajudar- nos a vencer a cegueira. Por isso, inicia com a cura de um cego e termina com a cura de outro cego:
• Cura de um cego: 8, 22-26.
- 1° anúncio da paixão: 8, 27-38.
- Instruções aos discípulos sobre o Messias-Servo: 9, 1-29.
- 2° anúncio da paixão: 9, 30-37.
- Instrução aos discípulos sobre a conversão: 9,38 a 10, 31.
- 3° anúncio da paixão: 10, 32-45.
• Cura do cego Bartimeu: 10, 46-52.
Cada um dos três anúncios da paixão é acompanhado de gestos ou palavras de incompreensão por parte dos discípulos.
No primeiro anúncio da paixão, Pedro não quer a cruz e critica a Jesus. Este reage e o chama de Satanás, pois quer desviá-lo do caminho de Deus. Na verdade, este primeiro cego que Jesus cura é a imagem de Pedro e das pessoas que têm dificuldades de entender a verdade a respeito de Jesus.
No segundo anúncio da paixão, os discípulos têm medo e são ambiciosos: cada um quer ser o maior.
No terceiro anúncio da paixão eles estão assustados, com medo e querem promoção. Atitudes que retratam a realidade das comunidades para as quais o nosso Evangelho de Marcos está sendo escrito.
Cada um dos três anúncios traz uma Palavra de Jesus que critica e corrige a falta de compreensão e as atitudes de competição e ciúme dos discípulos, e ensina como deve ser o comportamento deles:
• No primeiro anúncio ele exige: negar-se a si mesmo, carregar a cruz e segui-lo; perder a vida por causa dele e do Evangelho, e não ter vergonha dele e da sua palavra.
• No segundo anúncio, exige: fazer-se servo de todos, e receber os pequenos, como se fossem Ele mesmo.
• No terceiro anúncio, exige: beber o cálice que Ele vai beber, não imitar os poderosos que exploram, mas sim imitar o Filho do Homem que veio não para ser servido, mas para servir.
Vocês podem ir acompanhando com a Bíblia na mão. Entre o primeiro e o segundo anúncios há três complementações sobre o Messias-Servo:
A) A transfiguração (9,2-10). Junto às duas maiores autoridades do Antigo Testamento (Moisés representa a Lei, e Elias representa os Profetas), ouve-se a voz: “Este é meu filho amado! Ouvi-o”. Evoca a figura do Messias-Servo anunciado pelo profeta Isaías (42,1). A glória passa pelo caminho do sofrimento e da cruz.
B) Instruções sobre a volta do profeta Elias (9,11-13). Entre os judeus havia a crença de que o profeta Elias devia voltar antes do Messias (Cf. Ml 3,23-24). Como Jesus podia ser o Messias se Elias ainda não tinha voltado? Jesus explica: “Elias já veio... “. Ele se referia a João Batista.
C) Instrução sobre a necessidade da fé e da oração (9,14-29). Há espécies de demônios que só podem ser expulsos com muita fé e oração. “Tudo é possível àquele que crê... “. Continuem acompanhando o esquema e lendo na Bíblia.
Há mais sete complementações entre o segundo e o terceiro anúncios sobre a mudança que deve ocorrer na vida de relacionamento dos discípulos e discípulas (9,38-10, 31).
  1) No relacionamento com os que não são da comunidade: o máximo de abertura (9, 38-40).
  2) No relacionamento com os pequenos e excluídos: o máximo de acolhimento (9, 41-42).
  3) No relacionamento consigo mesmo: o máximo de honestidade e integridade (9, 43-50).
  4) No relacionamento mulher-homem: o máximo de igualdade (10, 1-12)...
  5) No relacionamento com as crianças e suas mães: o máximo de ternura (10, 13-16).
  6) No relacionamento com os bens materiais: o máximo de desapego (10, 17-27).
  7) No relacionamento entre os discípulos: o máximo de partilha (10,28-31)...
Estas instruções de Jesus querem mostrar o caminho que devolve a visão verdadeira a respeito de Jesus, o Messias-Servo, e a respeito do seu Projeto de Vida para todos, construído em novos relacionamentos.
Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor e responder.
Na alegria te quero servir, e anunciar o teu reino de amor.

E pelo mundo eu vou. Cantando o teu amor.
Pois disponível estou para sevir-te, Senhor.

Dia a dia, tua graça me dás; nela se apóia o meu caminhar.
Se estás ao meu lado, Senhor, o que, então, poderei eu temer?

E pelo mundo eu vou. Cantando o teu amor.
Pois disponível estou para sevir-te, Senhor.
MANTER-SE NO CAMINHO DO SERVIÇO

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
Na conversa de hoje vamos continuar acompanhando a caminhada dos discípulos e discípulas na estrada de Jesus.

No encontro anterior nós vimos a 1ª parte da terceira etapa (Mc 8,22 10,52):  Jesus ensina como vencer a cegueira que impede de ver a verdade a respeito de sua pessoa e de sua missão. E por isso que Jesus nesta etapa vai falar abertamente da Cruz. Ele fala que o Filho do Homem vai ser perseguido, vai sofrer e vai ser morto.
O Filho do Homem
Jesus aplicava esse título à sua própria pessoa. Ele o usava especialmente nos momentos mais difíceis e decisivos de sua vida. Num dos próximos encontros explicarei o significado desta expressão. Fundamentalmente, “Filho do Homem” quer designar a missão de uma pessoa (criatura humana) que se entrega de corpo e alma à vontade de Deus.
Nós, pouco a pouco, fomos entendendo: Jesus é o “Filho do Homem” dedicado inteiramente ao serviço da defesa e promoção da vida. Ele é o Messias-Servo que assume o serviço de libertação dos pobres. Por isso, ele carrega a cruz que os poderosos lhe impõem, não se dobrando aos seus interesses. E neste sentido que Ele vai advertindo e convidando os discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).
Nós entendemos isto muito bem na época em que escrevemos o Evangelho. Esta Cruz de Jesus estava sendo carregada pelas comunidades cristãs ao redor do ano 70. Vivíamos uma situação de escuridão. E a cruz se tornou para nós o maior símbolo da resistência frente a todas as dificuldades. Era como se Jesus nos dissesse: “Cada um de vocês é ‘criatura humana’ chamada para o serviço da vida”. E isso que Jesus nos ensina nesta terceira etapa da caminhada junto com Ele.
A instrução de Jesus através do testemunho e ação <Mc 11, 1 - 12,44>
Esta é a 2ª parte da terceira etapa. A 1ª parte vocês podem rever no encontro anterior. É claro que o testemunho e ação de Jesus aconteceram durante todo o seu ministério público: tudo o que Ele fez e disse, desde a Galiléia. Agora, porém, são momentos decisivos.
Jesus chega a Jerusalém. Seus discípulos e discípulas o acompanham. Agora eles vão aprender, no concreto,que significa “Seguir Jesus e carregar sua cruz”. Agora eles vão aprender quais são as exigências e quais as conseqüências do seguimento de Jesus. Isto nós podemos ver acompanhando os acontecimentos que aí se desenvolvem. São acontecimentos que mostram, sobretudo, como Jesus vai rompendo com os interesses dos grupos dominantes:
  1) Jesus rompe com a visão triunfalista de Messias e se mantém no seu caminho (11,1-11). Ao entrar em Jerusalém, Jesus o faz à maneira dos pobres: montado num jumento. Apesar de ser aclamado Rei, Jesus se mantém no caminho do serviço, O jumento representa, segundo a cultura judaica, o animal portador da paz. A paz que somente os pobres trazem, pois são pessoas de coração simples e espírito desarmado. Diferente do cavalo, animal usado pelos soldados, símbolo do poder e da violência.
  2) Jesus rompe com o Templo (11,12-26). O Templo, que deveria ser a “casa de oração” e o abrigo dos pobres, tornou-se o centro de exploração e exclusão. E aí no Templo que se organiza o sistema do puro e do impuro que exclui e estraga a vida da maioria das pessoas. E por isso que Jesus realiza toda a sua prática libertadora fora do Templo: nas casas, nas sinagogas, na praia, nas praças, nos campos. O lugar sagrado para Jesus não é mais aquele lugar oficial dos religiosos da época. Onde está a pessoa humana, aí é lugar sagrado e aí deve se tornar espaço de muita vida. Isto provoca uma revolta muito grande da parte dos poderosos. Eles decidem matar a Jesus
  3) Jesus rompe com os sumos sacerdotes, escribas e anciãos (11,27-12,12). Estes três grupos, que representam as autoridades máximas do sistema do Templo, querem saber com que autoridade Jesus realiza estas coisas. Jesus mostra que não precisa da licença deles para agir. Ele não está subordinado aos poderes deste mundo. E eles decidem matá-lo.
  4) Jesus rompe com os fariseus e os herodianos (12,14-17). Contra estes dois grupos, Jesus já havia alertado os seus discípulos quando ainda estavam na Galiléia. Ele alertou: “Cuidado! Guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes” (8,15). O fermento é a ideologia, o modo de pensar da elite religiosa e política. Já bem antes haviam decidido matar a Jesus (3,6). Agora estes dois grupos querem colocar Jesus numa armadilha: querem saber se é a favor ou contra o pagamento de impostos... Qualquer resposta colocaria Jesus contra um ou outro grupo. Jesus não se deixa manipular por atitudes interesseiras.
  5) Jesus rompe com os saduceus (12,18-27). Este grupo é formado por latifundiários e grandes comerciantes. Discutem com Jesus a respeito da ressurreição, pois não acreditavam nela. E Jesus é claro: “Vocês estão totalmente errados...”
  6) Jesus rompe com os escribas (12,28-40). Eles eram os “doutores da lei”, os responsáveis pela doutrina oficial. Já tinham espalhado a calúnia de que Jesus era um possesso do demônio (3, 22). Jesus questiona o ensinamento deles sobre o Messias e condena o comportamento ganancioso de alguns deles.
  7) Jesus rompe com os critérios contrários à vontade de Deus
     (12, 41-44). Mostrando o gesto da pobre viúva ofertando tudo o que possuía, Jesus revela onde e como se manifesta a vontade de Deus. Os grupos religiosos do Templo faziam questão de demonstrar que davam muita esmola e, assim, consideravam-se praticantes da vontade de Deus. Aquela mulher soube partilhar até do que era necessário para o seu sustento, e não tinha interesse de buscar prestígio. É nos pobres e pela partilha que as pessoas seguidoras de Jesus devem praticar a vontade de Deus.
A instrução através de um discurso  <13,1-37>
Esta é a terceira parte da terceira etapa na estrada de Jesus. Após romper com os grupos do poder dominante e com a ideologia do império e da religião oficial, Jesus sai da cidade. Vai ao Monte das Oliveiras. Lá do alto, sentado (posição de quem ensina), olha para o templo. Com ele estão apenas quatro discípulos: Pedro, Tiago, João e André. Os mesmos quatro pescadores, chamados por primeiro a seguir Jesus (1,1 6-20). Eles tinham feito uma pergunta a respeito da destruição do templo e o fim do mundo.
Todo este discurso do capítulo 13 é uma forma de relatar o que está acontecendo em Jerusalém pelo ano 70, época em que estamos escrevendo o Evangelho: a invasão do exército romano e a destruição da cidade e do templo. Foi um acontecimento que nos marcou e nos entristeceu a todos. Jesus chama a atenção a respeito do sentido dos fatos e nos previne sobre a necessidade de vigilância.
A vigilância para nós, cristãos e cristãs, consiste na vivência do amor que se traduz em serviço. Nosso Mestre e Senhor se fez Servo.  Servos e servas uns dos outros devemos ser. Deus nos conceda esta graça!
Pelo batismo recebi uma missão/ Vou trabalhar pelo reino do Senhor/ Vou anunciar o Evangelho para os povos/ Vou ser, profeta, sacerdote, rei, pastor./ Vou anunciar a Boa nova de Jesus/ Como profeta recebi esta missão/ Onde eu for serei fermento , sal e luz/ Levando a todos a mensagem de cristão.

O Evangelho não pode ficar parado/ Vou anunciá-lo, esta é a minha obrigação/ A messe é grande e precisa de operários/ Vou cooperar na evangelização/ Onde houver trevas eu levarei a luz/ Também direi a todos que Deus é Pai/ Anunciando a mensagem de Jesus.

Quem pergunta porque Jesus veio ao mundo/ Eu vou dizer: Foi pra salvar a humanidade/ Pra libertar o homem da escravidão/ E dar a ele uma nova oportunidade/ A sua vida e qual a finalidade:/ Jesus, profeta, sacerdote, rei, pastor/ Veio ensinar-nos o caminho da verdade.

Mesmo sofrendo calúnia e perseguição/ Vou procurar viver em comunidade/ Onde houver ódio, vingança e injustiça/ Quero levar o amor e a caridade/ Sou missionário e por isso vou lutar/ Pra levar meus irmãos à eternidade/ Vamos louvar e bendizer o nosso Deus/ Vivendo juntos a nossa fraternidade.
COM JESUS ATÉ O FIM

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
No encontro de hoje vamos conversar a respeito da quarta e última etapa da caminhada na estrada de Jesus. Já sabemos que estas etapas ou passos são uma maneira de demonstrar como podemos crescer no seguimento de Jesus.
Ao escrever o Evangelho de Jesus Cristo queríamos ajudar, de todo o coração, cada uma das pessoas que faziam parte das comunidades cristãs, a entender quem é Jesus e como segui-lo com sinceridade e amor. Queríamos ajudar cada uma destas pessoas a perseverar no Projeto de Jesus no meio das dificuldades, perseguições e até mortes. Vocês nem imaginam a minha alegria em saber que o Evangelho que escrevemos serviu de base para os Evangelhos de Mateus e Lucas. Eles escreveram com o mesmo objetivo: animar as coma dais cristãs.
Etapas
As quatro etapas presentes no Evangelho de Marcos, revelam o caminho que nós, normalmente, fazemos quando nos decidimos a viver conforme o Filho de Deus nos ensinou com palavras e obras.
   A primeira etapa se caracteriza pelo entusiasmo inicial: no começo tudo parece fácil.
  A segunda etapa já revela desencontros e crises: o Messias-Salvador não é exatamente do jeito que a gente pensa ou gostaria que fosse...
  Na terceira etapa Jesus começa a corrigir nossas cegueiras, convidando-nos a segui-lo na fidelidade ao Projeto do Pai através do serviço mútuo.

Para isso é necessário renunciar ao egoísmo e à ideologia dos poderes políticos e religiosos. E por isso que Ele apresenta a cruz como caminho para o seu seguimento. Por ela devemos passar se decidirmos assumir, com todas as conseqüências, a Proposta do Reino de Deus. Assim, Ele está preparando a etapa seguinte.
Quarta e última etapa: um novo começo  <Mc 14, 1 - 16, 8 >
Esta etapa conta como aconteceu a perseguição, a prisão e a paixão, bem como a Morte e a Ressurreição de Jesus. Enquanto nas duas primeiras etapas Jesus age longe da capital, no meio dos excluídos da Galiléia, na terceira etapa Ele começa a subir rumo a Jerusalém.
Jesus entra na cidade como Messias pobre (montado num jumento); entra no templo e expulsa os vendedores; vai rompendo com os diversos grupos de poderosos que decidem matá-lo.
Nesta quarta etapa podemos perceber alguns pontos importantes, que ajudam os seguidores e seguidoras a entender como permanecer firmes no caminho de Jesus:
  1) Por que os poderosos não suportam a proposta dos pequenos? (14, 1-2)
Os sacerdotes, anciãos, escribas, fariseus, herodianos, saduceus e o governo de Roma detêm o poder na capital da Palestina através dos Sistemas do Templo e do Império. Eles não vão permitir que Jesus, um carpinteiro e agricultor da Galiléia, venha a se opor à vontade deles e provocar um movimento contrário à dominação e exploração. Por isso, Jesus está marcado para morrer.
  2) O amor tem limites? (14, 3-9)
Em Betânia, uma discípula unge Jesus com perfume caríssimo. Naquele tempo, quem morresse numa cruz não costumava ter enterro nem ser embalsamado. Nós já vimos que uma pessoa que morre assim é “maldita de Deus”. Aquela mulher se antecipa, unge o corpo de Jesus, demonstrando todo o seu amor.
Foi criticada por discípulos homens, apegados ao valor material do perfume. Seu gesto, porém, foi profundamente entendido e valorizado por Jesus. Esta discípula anônima vai tornar-se modelo para todos, em todo o mundo. Foi o gesto de alguém que entendeu quem é Jesus e quer segui-lo assumindo todas as conseqüências.
  3) Quem é o verdadeiro discípulo? (14,10-31).
Jesus anuncia que todos irão abandoná-lo. Judas vai traí-lo e Pedro vai negá-lo. Apesar de tudo, Jesus faz questão de celebrar com eles a Ceia Pascal: gesto de partilha e doação do seu próprio corpo e do seu sangue.
O amor de Jesus é total e gratuito: supera a traição, a negação e a fuga dos amigos...  Assim deve ser o amor Jus discípulos e discípulas.
  4) A falta de solidariedade: por que vocês estão dormindo? (14,32-52)
No Horto das Oliveiras, Jesus entra em agonia e pede a Pedro, Tiago e João para rezarem com ele. Necessita do apoio dos amigos. Mas eles dormem. Não foram capazes de perceber a dor de Jesus e nem de ficar com Ele nesta hora.
É num momento assim que os amigos verdadeiros se revelam... Judas, com um beijo, entrega Jesus. O beijo, gesto de amizade e de amor, torna-se o sinal da traição e da morte.
  5) O processo da condenação: quem é mesmo Jesus? (14, 53 - 15, 20)
Jesus é levado perante o Supremo Tribunal, também chamado de Sinédrio. O carpinteiro e agricultor que só fez o bem em sua vida vai ser acusado por falsas testemunhas e vai ser condenado. Jesus se cala. Cumpre-se assim o que o profeta Isaías disse a respeito do Messias-Servo: preso, julgado e condenado como uma ovelha sem abrir a boca (Is 53,6-8). Neste processo aparecem várias visões de Messias: alguns o vêem como guerrilheiro anti-romano e querem trocá-lo por outro preso, chamado Barrabás; outros o ridicularizam como profeta, outros como rei.
Até aqui Jesus sempre proibira que dissessem quem Ele era. Agora, no momento da condenação, Ele mesmo declara ser o Messias, o Filho de Deus.
Pedro é incapaz de assumir Jesus como o Messias-Servo que entrega sua vida pela vida dos outros. Por isso nega a Jesus. Mas Pedro também é capaz de arrependimento e chora amargamente.
  6) Quem fica com Jesus até o fim? (15, 21-39)
Jesus é levado para ser crucificado. Um agricultor, pai de família, de nome Simão de Cirene, cujos filhos se chamavam Alexandre e Rufo, é requisitado pelos soldadas para ajudar Jesus  a carregar a cruz. Este homem é o discípulo ideal que caminha na estrada de Jesus. Jesus é crucificado ao lado de dois ladrões, como um criminoso. O crime indicado é que Ele se declara “Rei dos Judeus”... Jesus morre gritando, abandonado.
 Ao vê-lo expiar, o centurião romano faz a profissão de fé: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”! Um pagão reconhece o que os discípulos foram incapazes dever.
O véu do templo que separava o lugar santíssimo se rasga de cima até em baixo. Com a morte de Jesus nenhum Sistema Religioso pode reter a Deus. Agora, Ele está onde há partilha, serviço, diálogo, amor, fraternidade, solidariedade.
  7) Onde está Jesus? (15,40 - 16, 8)
Um grupo de mulheres o acompanhou até a cruz. Entre elas Maria Madalena, Salomé e Maria mãe de Tiago, o Menor, e de José. “Elas o seguiam, o serviam enquanto esteve na Galiléia. E ainda muitas outras que subiram com Ele para Jerusalém”.
Elas vão até o sepulcro para ungir Jesus que foi enterrado no túmulo emprestado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio que esperava o Reino de Deus. Só assim Jesus teve um lugar para ser enterrado.
De repente aparece Jesus
Pouco a pouco se acende uma luz
É preciso pescar diferente
Que o povo já sente que o tempo chegou
E partiram sem mesmo pensar
Nos perigos de profetizar
Há um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia...
UMA SOCIEDADE NOVA HOJE

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
Estes nossos encontros estão mostrando que o Evangelho que escrevemos em comunidade é o caminho de todos aqueles que optam pelo seguimento de Jesus.
Da Galiléia a Jerusalém, em companhia do Mestre e Amigo, fomos aprendendo a amá-lo e a servi-lo de todo o coração. Com Ele superamos nossos egoísmos e cegueiras. Com Ele vamos nos tornando agentes de transformação do mundo. Para isto, Jesus se colocou na estrada do amor que é fiel até o fim.
Não fiquem assustadas
Os poderosos lhe impuseram a cruz e a morte. Isto foi um choque enorme na vida de todos os que o seguiam. Ele passou fazendo o bem e, agora, o crucificaram. Parecia o fim de tudo. Perdidos e sem saber o que fazer, todos fugiram, menos um grupo de mulheres. Situações bem parecidas estavam acontecendo em nossas comunidades cristãs.
 A perseguição fazia com que muitos cristãos se sentissem totalmente desorientados e perdidos. Muitos fugiram e abandonaram a estrada de Jesus. Outros foram mortos por causa da fidelidade à fé e à prática de Jesus. Parecia que o mal e a morte tivessem a última palavra. No entanto, aquele grupo de mulheres que acompanharam Jesus desde a Galiléia, foi ao sepulcro logo que passou o sábado (Mc 16,1-8). Elas compraram perfumes para ungir Jesus. A unção era um sinal de respeito, amizade e profundo amor. Lá estão elas: Maria Madalena, Salomé e Maria, Mãe de Tiago, o Menor, e de José. Lá estão elas a caminho do local onde enterraram Jesus. Quanta tristeza e saudade! “Quem vai tirar para nós a pedra da entrada do sepulcro?” E era uma pedra muito grande.
O sol estava nascendo. A esperança se refazendo. De fato, quando olharam na direção do sepulcro, a pedra já tinha sido tirada. O coração bate forte. Elas entram imediatamente no túmulo, que era uma espécie de gruta escavada na rocha. Entram e ficam surpresas e assustadas. Lá estava um jovem, sentado no lado direito, vestido de branco.
Ele lhes diz: “Não fiquem assustadas. Vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou!... Ele está na Galiléia na frente de vocês. Lá vocês o verão, como Ele mesmo disse”. Elas saíram correndo, ficaram com medo e não disseram nada a ninguém.
Nós, ao escrevermos este Evangelho, fizemos questão de concluir assim como está no capítulo 16,8. Mais tarde é que foi acrescentado um apêndice, que fala das aparições de Jesus ressuscitado.
Não disseram nada a ninguém porque tinham medo
Porque concluímos o Evangelho deste modo? A resposta é bem simples. Nós das comunidades cristãs, diante da situação em que vivíamos, tínhamos dois caminhos a seguir: o caminho do silêncio, do fechamento e do medo, ou o caminho da fé e da prática de Jesus.
A resposta tinha que ser livre, pessoal  e profunda. Quem decidisse seguir a Jesus devia “voltar para a Galiléia”, isto é, ter a mesma prática que Jesus tese no meio dos excluídos. Todos nós, portanto, estamos desafiados a recomeçar. Jesus ressuscitado sempre vai ser reconhecido pelas mulheres e homens que vivem a sua Proposta de libertação junto com todas as pessoas que sofrem.
E fácil entender, depois de tudo isto, as palavras de Jesus no capítulo 8,34: “Se alguém quer me seguir renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”.
Sim, nós entendemos que o seguimento de Jesus implica num jeito de pensar e agir diferente daquele dos líderes religiosos e políticos. Para
Vocês: catequista, animadores de comunidades, missionários e todas as psoas que trabalham pelo Reino de Deus, gostaria de colocar a síntese do que significa tomar a cruz e seguir a Jesus
Uma nova economia
Tanto na sociedade das primeiras comunidades cristãs como na sociedade em que vocês vivem hoje, o sistema econômico é organizado de tal maneira que concentra os bens nas mãos de poucos, proporcionando o acúmulo e a ganância de alguns, destruindo a natureza e estragando as condições necessárias para uma vida saudável. Conseqüentemente, a maioria dos filhos e filhas de Deus passa fome e miséria.
Quando no Evangelho recordamos as multiplicações dos pães (Mc 6,30-44 e 8,1-10), queremos claramente indicar que, como Jesus é pela organização e partilha, também nós devemos garantir pão em abundância para todos.
Lembramos também que, ao narrar o episódio do jovem rico (10,17-27), queremos afirmar que toda concentração de bens constitui- se num pecado porque tira o que é de todos, empobrece a maioria e, por isso, impede que o Reino de Deus aconteça.
Seguir a Jesus no aspecto econômico é, portanto: libertar-se do ter como atitude possessiva, e optar pela partilha dos bens segundo a necessidade cada pessoa e de cada família. Graças a  Deus, há pessoas e pequenas comunidades que já vivem esta proposta econômica. É o Reino de Deus que está no meio de nós!
Uma nova política
Na época de Jesus e das primeiras comunidades cristãs, a política do Templo de Jerusalém e do Império Romano concentrava todo o poder nas mãos do Sinédrio, da elite política e do imperador. Mandavam e desmandavam como queriam.
Vocês também vivem num mundo onde o poder está centrado nas mãos de um pequeno grupo. As leis, em sua maior parte, estão a serviço dos seus interesses. Os interesses e as necessidades do povo, pouco importam para este grupo.
Jesus percebe e alerta aos discípulos a respeito da atitude dos que detêm o poder: “Eles gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas, gostam dos primeiros lugares nas sinagogas e dos lugares de honra nos banquetes. No entanto, exploram as viúvas e roubam suas casas e, para disfarçar, fazem grandes orações...” (12, 38-40).
Mostramos claramente qual é a atitude de Jesus com relação aos que dominam. Ele diz que entre nós não poderá ser assim (10, 35-45). O maior é aquele que se coloca a serviço da justiça e da vida.
Seguir a Jesus no aspecto político tanto, libertar-se do poder como atitude de dominação e optar pelo serviço da defesa e promoção dos direitos e da vida de  toda pessoa humana. Graças Deus, há muitas pessoas e  pequenas comunidades que já vivem esta proposta política. O Reino de Deus está no meio de nós!
Uma nova ideologia
No tempo de Jesus e das primeiras comunidades cristãs havia uma maneira de pensar que afetava negativamente a vida do povo. Dizia-se que o Deus verdadeiro era o deus dos poderosos, o deus do Templo de Jerusalém, o deus do Sistema legalista do puro e do impuro.
Divulgava-se que quem fosse pobre, doente, mulher, agricultor, pastor, estrangeiro... pertencia à categoria dos impuros e pecadores. Dizia-se que o imperador era senhor e deus e, portanto, qualquer coisa que ele dissesse ou fizesse devia ser obedecida sem questionar.
No tempo em que vocês estão vivendo agora, no terceiro milênio, há também um modo de pensar que prejudica grandemente a vida do povo. O chamado neoliberalismo está sendo um modo de pensar que leva cada um a voltar-se para os seus próprios interesses, a viver de forma individualista.
Em nome da liberdade, cada um vive (ou morre?) no seu egoísmo e perde a sensibilidade pelo sofrimento dos outros. Como no tempo de Jesus, verdadeiras multidões estão à procura de vida digna. Nos próprios sistemas religiosos de hoje há marginalização e discriminação.
A Boa Notícia de Jesus é a grande Proposta que inclui e integra a todos. Por isso, Ele chama a atenção para ter cuidado com o modo de pensar (fermento) da elite religiosa e política, representada pelos fariseus e pelos herodianos (8,14-15).
Seguir a Jesus no aspecto ideológico e religioso é, portanto: libertar-se das idéias e interesses  dos poderosos/dominantes e optar pelas idéias/interesses das pessoas excluídas. Gaças a Deus, há muitas pessoas e comunidades que vivem esta proposta ideológico-religiosa. E o Reino de  Deus que está no meio de nós!
Uma nova sociedade
No tempo de Jesus e das primeiras comunidades cristãs a estrutura social era organizada a partir da raça, gênero e classes. Isto é: era uma sociedade racista, machista e escravagista. No Evangelho, percebemos Jesus posicionando-se claramente contra todo tipo de discriminação e desigualdade social.
O Reino de Deus é a sociedade alicerçada na justiça, no diálogo, na fraternidade.  A prática de Jesus é de superação das divisões de gênero, de raça e de classes.
Que o Espírito de Jesus nos ilumine e nos transforme em agentes ativos e criativos de uma sociedade justa e fraterna!
E seu nome era Jesus de Nazaré,
Sua fama se espalhou e todos vinham ver
O fenômeno do jovem pregador
Que tinha tanto amor...
QUEM É JESUS?

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
Esta é a nossa última conversa a respeito do Evangelho que escrevemos em mutirão, ao redor do ano 70, na Síria (ou em Roma). Procuramos partilhar com vocês a nossa experiência de seguimento de Jesus e revelar esta experiência de: entusiasmo, dúvidas, desencontros, incompreensões, crises, cegueiras, cruz, desânimo, perseguições e morte. As primeiras comunidades cristãs vivenciaram tudo isso. Jesus, nosso único Mestre e Senhor, nos mostrou o caminho: Ele foi fiel ao Projeto do Pai até o fim. Nós também podemos, com sua graça.
Por que escrevemos o Evangelho?
Para dar força e coragem e para sermos fiéis à Proposta de Jesus até o fim. Muitos desanimaram e desistiram, mas centenas entregaram sua vida, seguindo a Jesus. Pessoalmente acompanhei a vida de alguns destes mártires. O testemunho deles muito me fortaleceu e me encorajou a aprofundar a verdade a respeito de Jesus.
Opiniões diversas
Nós já vimos que Jesus andava por todos os lugares. Uma grande multidão o acompanhava, especialmente os sofredores e excluídos. A fama dele se espalhava e atraía a atenção de muita gente. As opiniões sobre Ele eram as mais diversas:
• O povo dizia:  “Eis um ensinamento novo. Ele fala com autoridade... Até os espíritos impuros lhe obedecem... “Nunca vimos coisa semelhante”. E procuravam aproximar-se de Jesus, tocar nele e acompanhá-lo.
Os doutores da lei diziam: “Ele é um blasfemador... Quem pode perdoar pecados a não ser Deus?... Ele come com os pecadores... É pele chefe dos demônios que ele expulsa os demônios...” E ficavam sempre espionando para ver se Jesus dizia ou fazia alguma coisa que não estava de acordo com a lei deles.
• Os parentes de Jesus diziam:Ele está louco”... Os seus conterrâneos diziam, cheios de inveja: “Não é ele o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, Judas e Simão? Que sabedoria é esta que ele tem?... Até Herodes, preocupado, dizia: “E João que eu mandei decapitar. Ele ressuscitou”... Outros diziam: “E o profeta Elias que ressuscitou...”
Jesus: o Filho do Homem
Baseado nos profetas Ezequiel e Daniel, esta expressão significa que Jesus gostava de se assumir como uma simples criatura humana, totalmente dependente de Deus. É também o símbolo de quem se coloca a serviço da vida contra os poderes da morte. Por isso, na fragilidade humana, vai sofrer, mas com a certeza da vitória que vem de Deus.
Também para nós, das comunidades cristãs, isso se tornou um programa vital: assumir a missão de defesa da vida contra os poderes da morte, mesmo enfrentando perseguição. Também nós tínhamos a certeza da vitória.
Jesus: Messias e Servo
Foi Pedro quem revelou a identidade verdadeira de Jesus: “Tu és o Messias”, disse ele entusiasmado, mas ele não sabia o que estava dizendo. De fato, Jesus disse que era Deus que falava pela sua boca.
Mas, Pedro e os discípulos não esperavam que o Messias fosse seguir o caminho da cruz e da morte, como o servo sofredor anunciado pelo profeta Isaías. E Jesus, não usou do poder que possuía, defendendo-se do jeito que eles queriam. Esta atitude de Jesus nos marcou, e entendemos que, para ser seus discípulos e discípulas, significa fazer-se servos e servas uns dos outros.
Jesus: pessoa de conflitos
Do começo ao fim de sua vida, Jesus viveu em meio a conflitos.
Com os espíritos impuros, que queriam dominar e oprimir as pessoas; entrou em conflito com os interesses dos fariseus, doutores da lei, saduceus e herodianos.
• Com o sistema judaico, com suas inúmeras leis que massacravam e excluíam as mulheres, as crianças, os pobres e os estrangeiros.
Com o sistema explorador do Templo; com seus familiares e conterrâneos; com o império romano; com seus próprios discípulos.
E até consigo mesmo, no momento mais decisivo de sua vida, antes de sua morte, no monte das Oliveiras.
Jesus: livre e libertador
Jesus cultivou e viveu uma vida profundamente livre. Nenhuma lei, nenhum poderoso, nenhuma estrutura conseguiu dominar a Jesus: nem a família, nem o Sistema religioso do Templo, nem o Império. Ele se posicionava de forma livre diante de todos, para ser servo dos pequenos.
O segredo de sua liberdade foi a fidelidade à vontade do Pai até o fim. Foi por isso que Jesus cultivou a intimidade com o Pai. Era Deus quem sustentava o seu ser livre. Somente quem é livre liberta os outros, Isso Jesus o demonstrou com seu testemunho de vida.
A liberdade de Jesus deu-nos força, serenidade, perseverança e capacidade de vencer o medo frente às dificuldades que nos sobrevinham na caminhada.
Jesus: o Filho de Deus
Jesus é o filho de Deus: é a confissão de fé mais profunda que nós fazemos.  Aquela  pessoa que recusou o poder e os aplausos; aquela pessoa que se auto-denominou de “Filho do Homem”; aquele ser livre e libertador... é o Filho de Deus. Esta certeza inabalável de que Jesus de Nazaré, o crucificado, é o Filho de Deus, o Salvador, foi crescendo em nós. Foi assassinado pelos poderosos, mas a morte não o prendeu em suas garras. A morte não tem mais a última palavra.
Aquela notícia dada a Maria Madalena, a Maria mãe de Tiago e a Salomé, transformou nossas vidas. Jesus de Nazaré ressuscitou! Para nós, a certeza da Ressurreição de Jesus é a garantia da vitória da vida para sempre!
Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!
Queremos deixar a cada um de vocês o nosso abraço fraterno. Não importa a distância de tempo que nos separa. Estamos bem unidos na estrada de Jesus e na construção do seu Reino.


SUGESTÕES DE LEITURA PARA APROFUNDAR O EVANGELHO DE SÃO MARCOS:

1. CNBB Caminhamos na Estrada de Jesus, Ed. Paulinas, São Paulo.
2. MOSCONI, Luis - Evangelho de Jesus Cristo Segundo Marcos, Ed. Loyola, São Paulo.
3. WENZEL, João Inácio - Pedagogia de Jesus Segundo Marcos, Ed. Loyola, São Paulo.
4. DE COPPI, Pe. Paulo e LUIZ HEERDT, Mauri -Jesus nos Conquistou, Ed. Mundo e Missão, São Paulo. - www.missaojovem.com.br.
SUGESTÕES DE OUTRAS OBRAS
1. BALANCIN, E. Martins - Como ler o Evangelho de Marcos, Série «Como ler a Bíblia”, Ed. Paulinas, São Paulo.
2. GALLARDO, Carlos B. -Jesus, Homem em Conflito, Ed. Paulinas, São Paulo.
3. Galiléia Ano 30 - Para ler o Evangelho de Marcos, Ed. Paulinas, São Paulo.
4. DELORME, J. - Leitura do Evangelho de Marcos, Co!. “Cadernos Bíblicos”, Ed. Paulinas, São Paulo.
5. GAMELEIRA SOARES, Sebastião A. e  CORREIA JÚNIOR, João L. - Evangelho de Marcos, Col. Comentário Bíblico, Ed. Vozes, Petrópolis.
6. MATEOS, Juan e CAMACHO, Fernando - Marcos, texto e comentário, Co!. Comentários Bíblicos, Ed. Paulus, São Paulo.
        Ide!”